Patricia Almeida
Enquanto a sister do BBB se encarrega de destilar capacitismo, a novela Elas por Elas aproveita pra educar a população.
E, ao invés de ficar levantando bola pra quem só abre a boca pra dizer bobagem, nós preferimos mostrar o que a gente gostaria de ver mais.
Se eu não fosse noveleira tinha perdido essa. O delegado Rico (Pedro Caetano) vai à casa da personagem malvada, Helena (Isabel Teixeira), que sequestrou o ex-marido cadeirante Jonas (Mateus Solano):
Delegado Rico: “Um homen que estava temporariamente com a autonomia comprometida…”
Helena: “O senhor tá dizendo que o problema é porque ele é aleijado, é isso?”
O filho de Helena, Marcos (Luan Argollo), manda logo:
Marcos: “Cuidado, capacitismo é crime!”
Veja a cena:
Pois é, Helena, capacitismo é crime mesmo, e dá cadeia, de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), 13.146/2015.
Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
§ 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encontrar-se sob cuidado e responsabilidade do agente.
Com isso, podemos considerar que o termo capacitismo – preconceito contra pessoas com deficiência – “pegou” na cultura popular!
Recentemente a palavra capacitismo foi citada pela primeira vez em nossa legislação, no Decreto do Plano Viver Sem Limite.
Mas na boca de um ator jovem como Luan Argollo, tem muito mais potencial pra viralizar. Dá até pra virar corte, GIF… Vamos?
Parabéns pela novela Elas Por Elas – que além do Jonas, tem outro personagem cadeirante – este um ator com deficiência de verdade, o Carlinhos (Luciano Mallman) e obrigada aos autores Thereza Falcão, e Alessandro Marson, e colaboradores Letícia Mey, Wendell Bendelack, Carolina Santos, Dino Cantelli, Isabel Muniz e Lalo Homrich.
Fonte: Globoplay
