Eu Me Protejo chega ao Rio de Janeiro e vai a Marajó! O projeto gratuito de educação inclusiva para prevenção contra a violência na infância e adolescência se expande
Representantes do Eu Me Protejo educação inclusiva para prevenção contra a violência na infância, assinaram ontem parceria com a Fundação da Infância e Adolescência (FIA-RJ) – órgão do governo do estado do Rio de Janeiro, ligado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH).
Giulia Jesus, Adriana Leal e Taiga Tavares, representaram o Eu Me Protejo e a Presidente da FIA-RJ, Fernanda Lessa assinou a parceria pela Fundação.
Hoje, o Eu Me Protejo realizará palestra virtual de formação para o Tribunal de Justiça do RJ e a FIA-RJ.
A Fundação é o principal ente público do Poder Executivo, no contexto do Sistema de Garantia de Direitos (SGD), na área da Criança e do Adolescente do Estado do Rio de Janeiro.
Link para a cartilha da parceria: https://www.eumeprotejo.com/_files/ugd/f04b3c_41fd333ff51d480f9aa4e653afcbd5e0.pdf
Uma das atribuições da FIA-RJ é o Programa de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência, que desenvolve ações dirigidas ao atendimento de crianças e adolescentes em situação de violência física, psicológica, negligência, abandono e abuso sexual no âmbito familiar.
O trabalho é realizado nos Núcleos de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência (NACAs) através de parceria com instituições credenciadas, que atuam sob a supervisão da FIA, para elaborar diagnóstico psicossocial específico e promover ações de proteção integral a criança / adolescente e à família.
O objetivo é interromper a situação de violência e buscar novas formas de convivência familiar que proporcionem um ambiente adequado ao pleno desenvolvimento das crianças e dos adolescentes.
O Programa também prevê ações de atenção à família e atividades de prevenção com palestras e orientação aos pais e responsáveis.
Existem 19 NACAs que atendem os 92 municípios do Rio de Janeiro, e mais dois vão ser abertos no próximo semestre.
Confira os NACAs e sua abrangência:
https://www.fia.rj.gov.br/node/56
– O Eu Me Protejo vem se fortalecendo na Costa Verde fluminense, com vários projetos de lei instituindo o projeto. Dois deles já foram sancionados e viraram lei: Paraty e Angra dos Reis. Alem disso, um PL estadual no mesmo sentido também tramita na ALERJ.
No ano passado, o Eu Me Protejo foi implantado pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência da cidade do Rio de Janeiro, nos 8 Centros de Referência da Pessoa com Deficiência. Este ano, esteve no camarote acessível da Prefeitura no Sambódromo.
Marajó
Uma região que tem números alarmantes de abuso: o Arquipélago de Marajó.
O Eu Me Protejo se tornou lei estadual no Pará (10.169, de 21 de novembro de 2023) e uma caravana partirá para o Marajó, liderada pelo Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, a Secretária Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Anna Paula Feminella, a coautora do Eu Me Protejo, a psicóloga Neusa Maria, a advogada Gisele Costa, e bonequeiro Gabriel Calasans, que dá vida à boneca Cotinha.
O Programa Viver Sem Limite 2 também será lançado no Marajó na ocasião.
A deputada estadual Paula Titan, que propôs o projeto de lei, já começou as ações do Eu Me Protejo no Marajó em abril, pelo município de Afuá.
O grupo também participará de audiência pública na Assembleia Legislativa do Pará – ALEPA.
Quatorze municípios do arquipélago já se interessaram em receber o projeto e a ideia é formar a rede de proteção – secretarias de educação, saúde, assistente, conselhos tutelares e ONGs da região, multiplicando o Eu Me Protejo em todo território.
Como a comunicação na região é feita principalmente através do rádio, foram criados spots de áudio para divulgar o projeto e as músicas “Eu amo o meu corpinho” e “Meu corpinho é meu” vão ser tocadas nas rádios locais.
Maio Laranja
Neste mês, todas as atenções vão para uma causa que, infelizmente, ainda é extremamente necessária: a prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes.
O dia 18 de maio foi escolhido por ser a data da morte de Araceli Crespo, torturada, estuprada e assassinada em no Espírito Santo em 1973. Em 2020, tornou-se Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
E há 4 anos, um grupo multidisciplinar foi formado em torno da elaboração de uma cartilha que orienta a própria criança a se proteger: Eu Me Protejo foi escrito em Linguagem Simples pela jornalista Patricia Almeida, para a filha, que tem síndrome de Down, pela psicóloga Neusa Maria, e mais de 50 colaboradores.
Além da cartilha muito fácil de entender, a equipe desenvolveu uma série de materiais gratuitos para fortalecer as crianças com e sem deficiência com informações sobre situações de risco e o que fazer, caso aconteçam. Educar para prevenir disponível no site www.eumeprotejo.com e pelo Instagram @eumeprotejobrasil
O Eu Me Protejo já ganhou vários prêmios e tem como mascote a boneca Cotinha, que ano passado fez sucesso no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional.
Mais sobre o Eu Me Protejo: https://www.eumeprotejo.com/_files/ugd/f04b3c_529954933042410e879acf54011455ca.pdf
Muito importante esse movimento e sensibilização. E o mais importante é a conscientização pessoal da necessidade de cada criança e adolescente não ter medo. Denunciar e se abrir com alguém …
Parabéns às idealizadoras do projeto.
Abraços.