Portadores de Síndrome de Down exigem inclusão social

Comissão de Cidadania promoveu audiência para tratar o assunto
A inclusão social e a autonomia de pessoas portadoras de Síndrome de Down foram debatidas, ontem, na audiência pública promovida pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Alepe. O colegiado atendeu a uma solicitação da coordenadora da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Maria Thereza Antunes, que, na ocasião, lançou uma cartilha contendo o Guia de Orientação e Atendimento a Pessoas com Deficiência Vítimas de Violência Doméstica e o Guia de Legislação sobre Direitos Humanos e Violência Doméstica contra Pessoas com Deficiência. A publicação foi desenvolvida pela Associação de Pais e Amigos de Portadores da Síndrome de Down (Aspad), em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

Na abertura da audiência, a adolescente de 17 anos Zemile Santos, portadora da síndrome, fez uma apresentação de dança do ventre. “Em nome da Federação, agradeço a atenção da presidente da Comissão de Cidadania, deputada Terezinha Nunes (PSDB), em realizar o evento. É muito importante discutir esse tema que chama a atenção para a necessidade de incluir essas pessoas no mercado de trabalho e proporcionar a elas autonomia e cidadania”, destacou Thereza Antunes.

Para o coordenador de Projetos da Light Design, Frederico Mamede, é gratificante ver a dedicação de Breno Maia, funcionário da empresa, de 25 anos de idade, também portador da síndrome. “Ele trabalha conosco há seis anos, no fabrico de luminárias”, observou. A mãe de Breno, Ana Maia, falou do esforço do filho. “Ele é independente. Diariamente, vai sozinho do Rosarinho, onde moramos, ao Ibura”, informou. A Light Design é uma empresa do setor de iluminação, localizada no bairro do Ibura.

Ivana Carla Soares, representante da Secretaria de Educação do Estado – Regional Arcoverde, detalhou as ações realizadas para incluir os portadores da síndrome nas escolas das redes pública e particular de Pernambuco. No entanto, destacou as dificuldades em empregar os que moram em municípios mais distantes da Capital pernambucana. “Precisamos do apoio desta Casa, no sentido de interiorizar ações no Sertão. As empresas devem ser incentivadas a gerar mais empregos para esse segmento”, ponderou. O representante da Secretaria de Saúde de Pernambuco, Marcelo Pereira Lima, parabenizou a iniciativa e destacou que encontros como esse devem ser feitos com mais frequência, a fim de chamar a atenção da sociedade.

A deputada Nadegi Queiroz (PMN), que é ginecologista e obstetra, parabenizou a Comissão e explicou que Síndrome de Down ou trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou parcialmente.

Na ocasião, o deputado Airinho (PSB) ressaltou a importância do assunto e as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que possuem qualquer tipo de deficiência. O socialista encerrou sua participação entoando a canção Você Tem Valor, de autoria do compositor pernambucano Armando Filho.

“Foi um debate de grande relevância. Tivemos a oportunidade de discutir a legislação em vigor, a assistência que o Estado vem dando a essa parcela da população e que, segundo depoimentos, deixa a desejar. Portanto, cabe a nós, parlamentares, cobrar do Governo Estadual a implementação e aplicação de políticas públicas que visem beneficiar essas pessoas”, argumentou Terezinha Nunes.

Fonte: http://www.fisepe.pe.gov.br/cepe/materias2009/mar/legi07260309.htm

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