A punição física de crianças com deficiência mental no ambiente doméstico, por Paulo Pinto Alexandre. Universidade Presbiteriana Mackenzie.
RESUMO/ABSTRACT
Esta pesquisa descreve a punição física grave e não grave contra a criança de 0 a 12 anos de idade com diagnóstico clínico de deficiência mental no ambiente doméstico nos últimos 12 meses. Além disso, serão investigados se os pais destas crianças sofreram algum tipo de punição física grave e não grave em sua infância e adolescência e se isto tem alguma associação com a punição física que pratica atualmente contra seu filho. Com base em um estudo de corte transversal, foi analisada uma amostra de 132 famílias sendo a informação prestada pelos pais das crianças. As crianças da amostra são freqüentadoras de uma clínica de reabilitação de uma instituição privada do Grande ABC, Estado de São Paulo. A definição de punição física grave e não grave contra a criança foi realizada a partir do estudo piloto brasileiro do World Studies of Abuse in Family Enviroments. A definição de punição física grave e não grave contra os informantes foi realizada a partir do questionário de sondagem de autoria da Dr Viviane Nogueira Guerra, pesquisadora do Laboratório da Criança (LACRI) do Instituto de Psicologia da USP/SP. Os questionários estruturados foram aplicados por entrevistadores treinados. A punição física entre criança com deficiência mental desta amostra foi freqüente: 12,1% haviam sofrido punição física grave e 60,6% punição física não grave. Mostrou-se que os meninos tendem a apanhar mais que as meninas (OR = 2,1, p = 0,08). Além disso, filhos de informantes vítimas de punição na infância ou adolescência têm maiores chances de serem punidos fisicamente que filhos de informantes que não haviam sido vítimas de punição (OR=1,2; p=0,01). A freqüência da punição física entre crianças com deficiência mental parece ser tão alta quanto entre crianças sem deficiência e a transgeracionalidade fica clara neste estudo. Assim, fica evidente a necessidade de prevenções para remediar os efeitos da punição física contra a criança com deficiência e evitar a sua repetição, pois as taxas encontradas por esse estudo são altas.
Bom dia!na questão do deficiente mental a família necessita de acompanhamento para maiores esclarecimentos sobre a doença!haja vista é muito complexo voce não entender de transtorno bipolar ainda mais a esquizofrenia que é o transtorno mais grave na doença mental entender o que acontece com a mudança de comportamento e muito dificil sem orientação muitas vezes são pegos de surpresa,hoje temos os CAPS algumas cidades ainda existe o hospital DIA que o portador vai pela manhã e sai as 18:00h com todo o acompanhamento das equipes especializadas mas junto com o familiar do paciente que precisa dessa integração para saber como tratar o seu filho.Quando chega no hospital DIA é feita uma avaliação da vida desse paciente essa questão não fica omissa existe familia que também precisa de tratamento por conta das drogas licitas e ilicitas seria muito positivo se as familias fossem visitadas para o conhecimento se ha complicação nessa familia para melhor atendimento do paciente,para dar certo deve haver integração CAPS,HOSPITAL DIA E FAMÍLIA JUNTOS NESSA LUTA!desde já gradeço Deus abençõe.