Por: Gomathy Ramasamy e Farah Nadia Mohd Arsad
Tradução: Gustavo Pugliese
MALACA, Malásia: Ter nascido com a visão prejudicada não evitou que Nurhidayah Daud se destacasse nos estudos.
Todos seus esforços e sua determinação compensaram quando a garota da SM Saiyidah Khadijah, uma escola árabe dirigida pelo Departamento de Assuntos Islâmicos, tirou sete notas A no exame Sijil Pelajaran Malaysia.
Nurhidayah, que quer ser conferencista, quis provar para si mesma, seus quatro irmãos mais novos, seus pais, seu professor e seus amigos que sua deficiência não deveria ser usada como desculpa para não se destacar.
Apresentando uma condição chamada nistagmo, cujo sintoma são movimentos rápidos de olho involuntários, e também sendo míope, Nurhidayah depende de uma “lente especial” para ler seus livros e responder as perguntas do exame.
“Os papéis do exame eram maiores do que de costume e tinham letras maiores para ser mais fácil para eu ler.
“Ainda assim foi difícil, mas eu estou feliz de ter conseguido tirar sete notas A”, disse a estudante de Merlimau (maior cidade de Malaca).
“Se eu pude passar, eu não vejo porque outros estudantes na mesma situação não podem”.
A mãe de Nurhidayah, Hamizah Mohammed, 42, disse estar muito orgulhosa da filha.
Outra candidata com deficiência da Escola Católica, Soo Toh Wan Lin, que é surda, quis testar suas habilidade e tentou 14 matérias.
Ela tirou quatro notas A, quatro B, cinco C e um D.
“Apesar de eu não escutar nada na sala de aula, eu desenvolvi um método de ler os lábios do professor que me ajudou a entender o que era ensinado”.
Wan Lin, que quer ser psicóloga, disse que queria ajudar outros alunos na mesma situação.
Fonte: http://www.nst.com.my/Current_News/NST/Sunday/National/2505231/Article/index_html