A intolerância e a omissão II

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Editorial do Em Dia Com A Cidadania

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Morreu ontem à noite, Marcelo Campos Barros, 35 anos, que sofreu traumatismo craniano ao ser espancado por 5 marginais homofóbicos, logo depois da Parada Gay de São Paulo, no último domingo.

A mídia raticamente ignorou a agressão sofrida por Marcelo, e a sua morte.

No mesmo dia, foi atirada uma bomba sobre um grupo de 30 homos e simpatizantes, no Largo do Arouche, ferindo mais de 20 pessoas.

Infelizmente, nenhuma fez exame de corpo delito, portanto, fica impossível, quase, punir seus autores.

Ontem, no Rio, outra bomba atingiu um clube privé LGBT que está para ser inaugurado, na Ilha da Gigóia, Barra da Tijuca, no próximo domingo. O portão foi destruído.

O clube já tem 2500 sócios. E domingo, vai rolar o quê? Vai se deixar que uma bomba atinja o local com seus 2500 homossexuais lá dentro?

Bombas espalhadas por aí configuram terrorismo, não há outro nome. E o quê a PF está fazendo, além de ficar grampeando telefones?

Vamos deixar que o segmento LGBT seja espancado e morto e ficar de braços cruzados?

O governo do Rio de Janeiro tem feito boas e importantes políticas para o segmento LGBT do estado.

Espera-se que sua polícia, perita em matar inocentes nos tiroteios com bandidos, saiba agir com eficiência e rigor e coiba, definitivamente, com punições pesadas, aqueles que insistem em perseguir e, agora, em atentar contra a vida e o direito constitucional de ir-e-vir, daqueles que são diferentes do formato imposto, inicialmente, pela Igreja Católica.

Hoje, o Estadão publica, e nós reproduzimos aqui, uma pesquisa feita pelo MEC que aponta para um amplo preconceito nas escolas, especialmente com negros e crianças com deficiência.

É este o país que queremos perpetuar?

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