Ontem, dia 05 de novembro, tive a oportunidade de ministrar uma palestra sobre minha trajetória de vida e os obstáculos que superei, para a turma de primeiro e quinto semestre de educação física do Centro Universitário Metodista IPA, em Porto Alegre.
Antes de iniciar a minha fala, fui acometido de um nervosismo impressionante, parecia que eu nunca havia ministrado uma palestra na vida. Mas o nervosismo sempre é bom, porque motiva.
Iniciei a minha fala, todos foram super gentis, os professores deles, o Careca e o Celso, foram fazendo perguntas sobre o material que eu havia enviado previamente e fui me sentindo em casa.
A palestra foi bacana, falei bastante da minha vida, até que abrimos para perguntas. O que mais me surpreendeu neste momento foram dois aspectos: o conhecimento que alguns deles tinham sobre mim e as perguntas que eles fizeram, algumas que eu jamais esperei ouvir.
Um aluno perguntou como eu me imagino quando chegar à terceira idade. Minha primeira reação foi agradecer à ele por ter me envelhecido, mas foi uma excelente pergunta, muito pertinente. Respondi contando o que faço para melhorar e manter a minha qualidade de vida, como na fisioterapia.
A Gabriela perguntou sobre a minha relação com os meus pais, um dos temas da palestra, mas sem relação direta com a vida profissional dela. Pude esclarecer a ela que a minha relação com a família é igual a de todos os homens da minha idade, dias ótimos e dias horríveis.
Também perguntaram sobre o meu lado escritor e eu repondi que o meu lado escritor eu nem sabia, de iníco, que estava se desenvolvendo. Mas falei para eles que provavelmente virá por aí o terceiro livro.
Outra pergunta foi sobre a relação entre jornalismo esportivo e educação física, e se o treinador de futebol tem que conhecer a realidade do jornalismo e da mídia, e o jornalista esportivo tem que conhecer um pouco de tática. Respondi que são duas profissões que tradicionalmente se odeiam, mas que um tem que conhecer o campo profissional do outro para poder trocar idéias e ter uma convivência harmoniosa.
Tive também o meu momento de comentarista esportivo, alias foi o meu deleite! Perguntaram sobre como eu analiso o momento da dupla grenal no campeonato brasileiro. Pude expressar minhas opiniões e indignações com o atual momento dos dois clubes.
A minha impressão geral da palestra, foi que ela foi um desafio. Tive que improvisar em muitas respostas, porque pela primeira vez tive contato com o pessoal da área da educação física. Isto foi ótimo, porque percebi que posso ampliar minhas participações em eventos para além da área da educação.
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Sobre o autor:
Eduardo Purper é jornalista e colaborador da Inclusive.
É um dos responsáveis pelo site A Palavra É Sua. 