
No dia 28 de novembro, ministrei uma palestra em Canela/RS, convidado pela escola especial de lá. A palestra foi muito legal, embora eu tenha chegado bastante nervoso, mas fui exibindo o material que havia preparado e dando pinceladas do meu texto.
A receptividade das pessoas foi ótima, teve até uma senhora que virou fã dos meus pais e sugeriu que o meu pai fosse falar na próxima reunião de pais, ele ainda não decidiu se vai ou não.
No dia 1 de dezembro fui convidado para falar sobre o mercado de trabalho no CECAPI, um centro de capacitação profissional para pessoas com deficiência mental, que agora está recebendo cadeirantes. Foi difícil para mim, porque eu nunca havia falado para deficientes mentais e tinha um certo receio de eles não compreenderem o que eu diria. Ledo engano, eles compreendiam até mais do que eu. O Wagner me encheu de perguntas! Até me colocou em algumas saias justas, perguntando que tipos de ajudas eu precisava até no banheiro!
Ontem, dia 3 de dezembro, estive concedendo uma entrevista para a galera do primeiro semestre de jornalismo da PUCRS. Era para ser um bate papo de dez minutos, e outro bloco de debates entre os alunos, de mais dez minutos. Os estudantes se empolgaram tanto que como disse um deles, resolveram fazer como o Jô Soares, e continuaram a entrevista.
Eu não escapei daquelas perguntas como sobre o meu time, minha relação com os meus pais, o que eu achava da acessibilidade das universidades, entre outras. A turma me surpreendeu positivamente pela vontade de aprender de todos. A interação entre os alunos e professores era muito boa, com os professores ajudando a direcionar melhor as perguntas.
O mais incrível desta minha semana foi a diversidade dos meus depoimentos e do meu público, além do que eu aprendi em cada local. saí fortalecido e convicto do que falei para eles e das minhas idéias.
___________________________
Sobre o autor:
Eduardo Purper é jornalista e colaborador da Inclusive.
É um dos responsáveis pelo site A Palavra É Sua.