Sabin inaugura ludotecas em hospitais públicos

A tentativa de ouvir e ajudar crianças vítimas de violência levou o Instituto Sabin, em parceria com o Núcleo de Estudos e Programas para os Acidentes e Violências (NEPAV), da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a inaugurar, neste mês de abril, três ludotecas. Os espaços serão instalados em hospitais públicos para atendimento a crianças que sofreram algum tipo de violência doméstica ou sexual. As inaugurações acontecem no próximo dia 13, no Hospital Regional da Ceilândia, dia 14, no Hospital Regional da Asa Sul e no dia 16 de abril, no Hospital Regional de Taguatinga.

As ludotecas – espaço composto de brinquedos, livros pedagógicos e outros recursos – serão montadas pelo Instituto Sabin e complementarão os programas de prevenção e atendimento às vítimas de violência, do NEPAV. Segundo diretora executiva do Instituto, Esmeralda Fernandes, a situação é muito dolorosa e o objetivo do atendimento é tratar a dor, ajudá-las a resgatar a auto estima, os limites e  a confiança . “Espera-se que elas superem o trauma, não sofram outras violências e não se transformem em novos agressores”, diz.

Segundo Laurez Ferreira Vilela, assistente social e coordenadora do NEPAV, utilizar um espaço lúdico na terapia de crianças vítimas de violência, faz parte de uma nova forma de trabalho, menos traumática e mais eficaz. “A ludoteca é um ambiente em que a criança pode se manifestar e contar a história dela sem falar. O ato de verbalizar é muito difícil para meninos e meninas que não entendem e, muitas vezes, não aceitam o que aconteceu”, afirma.

O programa também presta assistência às vítimas de acidentes trânsito, arma de fogo, espancamento, cortes de faca e até queimadura de cigarro. “O ambiente das ludotecas deve conter bonecos sexuados, multirraciais,  e mobília, além de jogos e brinquedos pedagógicos. Desta forma, as crianças são capazes de visualizar as situações de montar, com os objetos, os fatos”, explica.

Segundo Uelma Araújo Azevedo, assistente social e coordenadora do Programa de Prevenção e Atendimento aos Acidentes e Violência (PAV) no Hospital Regional de Taguatinga, um dos locais que receberá o benefício, mais de 1300 crianças e adolescentes foram assistidas neste núcleo em 2009. “Recebemos vítimas de violência doméstica, urbana e escolar”, explica a coordenadora. Em 2010, as estatísticas de janeiro e fevereiro já contabilizam mais de 400 atendimentos.

Em breve, também serão inauguradas ludotecas no Centro de Orientação Médico Psico-Pedagógico (COMPP), localizado na Asa Norte e no Hospital Regional da Asa Norte. Até o fim de 2009, o Instituto Sabin já havia instalado 11 ludotecas nos Tribunais de Justiça do DF, que proporcionaram 7.231 agendamentos e 4.545 atendimentos (95 crianças, 78 adolescentes, 1.961 mulheres e 2.045 homens).

O Laboratório Sabin é um exemplo de empresa que, além de atuar na sua área fim, desenvolve projetos de responsabilidade social, qualidade de vida, educação e cultura para a comunidade por meio do Instituto Sabin. Para se ter uma idéia, foram investidos, em média, R$ 620 mil por ano em ações do Instituto e disponibilizados 280 voluntários permanentes em horário de trabalho. São mobilizados ainda cerca de 600 voluntários eventuais para realizar as ações junto à comunidade do DF. O Projeto Criança e Saúde, por exemplo, que oferece exames laboratoriais gratuitos, atendeu 967 crianças em 2009.

O Espaço Cultural Conte esta história Mala do Livro – Metrô também agradou a comunidade em 2009. Foram 26.633 livros arrecadados nas 09 estações. Mais de 13 mil empréstimos e 33 mil livros movimentados, atendendo em média, 150 mil pessoas. O espaço é parte do Programa Mala do Livro da Secretaria de Cultura do DF que oferece acesso à leitura gratuita por meio de bibliotecas domiciliares. Desde 2002, já foram doados mais de 150 mil livros em  campanha de arrecadação promovida pelo Sabin.

Outro projeto de destaque é o Pescar Sabin, que tem o objetivo de garantir um futuro melhor e promover a inclusão de jovens entre 16 e 19 anos de idade em situação de vulnerabilidade social. Desde a implantação, em 2004, o projeto já formou 91 jovens e 90% deles já estão no mercado de trabalho.
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Fonte: Pauta Social

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