Preconceito piora vulnerabilidade social de jovens

“Ninguém nasce preconceituoso, mas a gente aprende a ser preconceituoso ao longo da vida. De todas as formas de discriminação, a homofobia é o preconceito mais intenso de todos e o mais difícil de ser erradicado. Mas é preciso criar uma sociedade em que todos consigam viver e conviver com os diferentes”. A declaração é do sub-secretário Nacional de Direitos Humanos do Governo Federal, Perly Cipriano, presente no quinto Seminário Nacional de Formação do Programa Educação Para Todos (EPT/ AIDS), da CNTE. O evento, que começou na quinta-feira (10), termina nesta sexta-feira (11).

No Seminário, os palestrantes defenderam a importância de implementar estratégias de combate a todas as formas de discriminação como uma das ações para enfrentar a disseminação do vírus HIV. “Se o homossexual pudesse se assumir quem ele é, sem sofrer discriminação da família, da escola, do ambiente de trabalho, com certeza teria sua autoestima elevada e ele não passaria por um contexto de vulnerabilidade social que colabora para o comportamento de risco”, afirmou Gil Casimiro, do Departamento DST/Aids do Ministério da Saúde.

De acordo com Silvânio Mota (foto ao lado), secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores do Estado do Tocantins (Sintet), os casos de aids vêm crescendo principalmente entre jovens e mulheres. “Temos que fortalecer o debate sobre as políticas preventivas dentro das escolas, pois é um ambiente propício para dialogar com os jovens. Hoje, toda população está vulnerável ao vírus HIV se não se prevenir. Essa conscientização sobre a importância do uso do preservativo e os problemas advindos com as DSTs deve ser multiplicada, principalmente nas periferias e no interior do Brasil”, disse.

Disciplina: prevenção

Os dirigentes sindicais se preparam para trabalhar os novos materiais didáticos sobre Saúde e Prevenção nas Escolas, lançados esta semana pelos Ministérios da Educação e da Saúde. “Os sindicatos serão multiplicadores nos seus Estados, de forma a capacitar outros educadores e lidarem com os temas propostos nos materiais didáticos. É o sentido de rede para melhorar a relação dos sindicatos com assuntos como drogas e DSTs nas escolas”, explica a coordenadora do Programa EPT/Aids da CNTE, Fátima Silva.

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Fonte: CNTE

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