Preconceito agrava quadro de portadores da psoríase no Brasil

Inclusive - exclusão, preconceito. Patinho amarelo fica na ponta das patinhas tentando subir em mureta onde estão 6 patinhos pretos.

Uma das indicações médicas para a psoríase, o banho de sol esbarra no preconceito contra os portadores da doença, uma enfermidade crônica inflamatória que causa o aparecimento de placas avermelhadas e descamações da pele. O banho de sol é indicado porque atua como anti-inflamatório e é capaz de minimizar sintomas.

Ninguém ‘pega’ psoríase no contato interpessoal, mas os portadores relatam uma série de situações constrangedoras em deixar à mostra as lesões na pele características da doença. As descamações atingem principalmente cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Muitas vezes, a falta de informação vem da própria classe médica. É comum, por exemplo, que os pacientes sejam ‘reprovados’ nos exames médicos para uso de piscinas de clubes, apesar de a doença não ser contagiosa.

Para o dermatologista Ricardo Romiti, coordenador do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas (HC), o preconceito que atinge os portadores pode gerar situações que agravam o quadro da doença. “Muita gente esconde a pele. Além de gerar um quadro de angústia e depressão, o uso de roupas compridas no calor faz o paciente transpirar mais, o que provoca coceiras e outros problemas de pele”, afirma Romiti.

O advogado José Célio Peixoto Silveira, de 51 anos, presidente da União das Associações dos Portadores de Psoríase, ressalta que aparência ruim da pele faz com que as pessoas sintam até repulsa ao se depararem com um portador da patologia. “Algumas lesões têm um aspecto muito feito e, por isso, as pessoas acabam se escondendo. Não vão mais à praia, à piscina, à escola”, conta Silveira.

O advogado foi diagnosticado aos 17 anos com psoríase, mas demorou para aceitar a doença. “Conheço casos de pessoas que perdem o emprego e de relacionamentos que acabam por causa da psoríase. O preconceito existe porque as pessoas não conhecem a doença”.

A advogada Renata Monteiro, de 31 anos, que descobriu a doença aos 13, conta ter sentido muita vergonha no colégio por causa do problema. “Os adolescentes realmente me enchiam, me chamavam de cobrinha porque eu trocava de pele. Mas fui aprendendo a lidar com a doença e isso não tem mais nenhum impacto hoje”, afirma. Atualmente, as descamações ocorrem só em sua mão direita.

Enquanto uma pele normal se renova a cada 21 dias, na psoríase esse processo ocorre em só uma semana, estimulado pela inflamação. Isso explica as descamações, segundo o médico Artur Duarte, professor da Universidade de Santo Amaro (Unisa).

Tratamento

Especialistas concordam quanto aos benefícios da luz solar como agente anti-inflamatório, mas ainda não há consenso sobre a medida ideal da exposição. Para a maioria, o paciente deve tomar sol com o mesmo cuidado que qualquer outra pessoa: somente antes das 10h ou depois das 15h.

Para Romiti, do HC, a exposição precisa ser feita nos horários de sol forte e de maneira gradativa, para evitar queimaduras. Já o dermatologista Marcos Martinez, professor da Faculdade de Medicina do ABC, defende que a melhor opção é a fototerapia, técnica em que a exposição à luz é controlada em consultório.

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Fonte: D24AM

7 Comments

  1. Estou sofrendo discriminaçaõ no meu trabalho por ter psoríase. Posso entrar na justiça e pedir idenização aos meus colegas de trabalho? pois eles estão sentindo nojo de mim e não me querem por perto.

  2. muitas vezes procuro ñ me estressar nem me preoculpar v se ñ aumenta ja q ñ tem cura; uso pomada dermat. q de certa forma combate,porem aparece noutros lugares e ultimamente avançaando bastante o q me preucupa pois ja ñ uso mais bermudas ñ vou a picinas,praias pescarias… é realmente constrangedor,só da vontade de se isolar,ja tive em varios medico e ja ñ sei o q fazer. Talvez esperar um dia descobrirem a cura a tempo.

  3. ola tenho 14 anos tenho psoriase desde meus 9 anos.
    ja sofri varias discriminaçoes.
    tem um club na minha cidade cheio de piscinas estava tudo certo para eu entra mas depois que descobriraqm que eu tinha psoriase cancelaram minha entrada.
    entao eu pesso que tenhao um pouco de respeito com nos portadores de psoriase somos pessoas normais vc nao vai pegar a doença en um simples aperto de mao.psoriase nao e transmisivel

  4. oi meu nome e joao e apanhei uma tunda so porque sou portador da psoriase.3 meninos me pegaram na saida da escola. so pesso respeito pq sou normal. so pelo fato de eu ter manchas nao sou uma ameaça a sociedade psoriase nao e transmisivel

  5. tenho psoriase , descobri aos 27 anos de idade,mas até então tinha afetado só minhas unhas, mas depois que perdi meu filho em um acidente a treze anos atráz, piorou muito, espalhou-se pelo meu corpo e couro cabeludo, então não pude mais ir a praia, nem piscina,e mal saio de casa, as vezes chego a ter medo do vento, um dia ouvi de uma vizinha que o carro em que eu estva morreu bem na pota de sua casa, eu desci e ela disse será que não é por exesso de caspa.não tive palavras para responder, e me tranquei em casa,.hoje sinto vergonha de meus vizinhos pois sei que todos sabem do meu problema,e sei que tem medo de se contaminar.meu marido tambem não entendeu e me abandonou na época com dois filhos pequenos.e depois disso não me relacionei mais com ninguem já que a doença atingiu minhas partes genitais tambem.

  6. Eu sofro com esta doença de pele mas ao menos cinco anos e eu sofro ate hoje com o desprezo do meu marido ele coloca cobertor separando a nossa cama ; não tem desejo por me e me xinga de leprosa sempre! já pensei ate em morrer porque sou muito desprezada por ele! mas tenho muita fé em Deus e meus filhos são maravilhosos eles me ajudam muito na hora que eu estou chorando!sabe tudo que eu pensei que fosse bom já usei mas não tive bons resultados.só espero em Deus porque ele promete que um dia não vai haver mas doenças.

  7. Tomar tintura de salsapartilha para desintoxicar o organismo é bom. Targifor c diminui o estresse e melhora a pele.

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