O ineditismo do musical rock Um amigo diferente? mobilizou Henilton Menezes, secretário da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura para assistir a peço no dia 18 de junho. Henilton classificou o espetáculo como “de vanguarda” e falou da importância da acessibilidade sair do papel. Diretores e gerentes das empresas MRS Logística e White Martins, que patrocinam o projeto por meio da Lei Rouanet, também estiveram presentes. Eugênia Augusta Gonzaga, procuradora da República no estado de São Paulo, foi especialmente convidada para a ocasião. Nos dias 18 e 19 de junho, o grupo foi recebido por Claudia Werneck, Gabriel Stoliar e Durval Soledade, respectivamente, fundadora, vice-presidente e presidente da Escola de Gente.
Apoio fundamental – Muitas foram as autoridades e parceiros(as) que prestigiaram a estreia de Um amigo diferente?: entre eles(as): André Diniz da Silva, chefe da Representação Regional do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro; Egeu Laus, Assessor na Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro; Félix Lopez Cid, Diretor de RH da MRS Logística; Cristina Fernandes, Gerente de Comunicação; Carolina Werneck, Especialista Sustentabilidade e Diversidade, e Clara Pina, Supervisora de Comunicação da White Martins. Roberto Guimarães, Curador de Artes Cênicas do Oi Futuro, representou o Instituto que cede o seu espaço acessível para a temporada. Vera Marina Martins, primeira presidente da Escola de Gente também participou da estreia da peça.
Maria Gadú e Tatá Werneck – A classe artística esteve representada por diversos atores e atrizes, além de produtores(as) e agentes culturais. Talita Werneck, VJ da MTV, uma das fundadoras do grupo Os Inclusos e os Sisos, veio especialmente para a peça. No dia 19, domingo, a Escola de Gente recebeu Maria Gadú, que assina a composição das músicas da peça juntamente com Tatá Werneck, Marcos Nauer, Fabio Nunes e Moira Braga.
Cultura com inclusão – Som de rock’n roll. Decreto Federal nº 5.296/04 cumprido. Teatro lotado. Crianças riem. Visita ao cenário por pessoas cegas. Coreografia. Efeitos especiais. Decreto Legislativo nº 186/08 cumprido. Libras à direita do palco. Subtitulação eletrônica à esquerda. Jovens atores e atrizes cantam e dançam. Assentos reservados para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. Plateia usa fones com audiodescrição. Luzes e lazer: há animação nas imagens projetadas nas laterais do palco. Internet. Movimento. Muita ação. Decreto Federal nº 6.949/09 também cumprido. Programa da peça em braile. Livros Um amigo diferente? distribuídos em meios impresso e digital. Plateia vibra. Aplausos. Autógrafos. Depoimentos espontâneos do público. Emoção. Compromisso das empresas parceiras. Entusiasmo. Autoridades ratificam apoio. Esse foi o clima de estreia da peça Um amigo diferente?.
“Nasci estranho? Ou fiquei estranho depois?” – A peça conta a história de Lucas, um garoto de nove anos que sempre foi considerado “esquisito” pelos vizinhos e colegas da escola. Seu grande sonho era ser um astro do rock. E foi o acelerado e alegre desse ritmo que embalou o final de semana da estreia do espetáculo. Com a casa lotada nos dois dias de apresentação, o reconhecimento do público veio em forma de risadas, aplausos e depoimentos emocionados que foram dados de forma espontânea ao final da apresentação, ainda na plateia do teatro.
Teatro acessível: arte, prazer e direitos – Após o término da peça, a fundadora da Escola de Gente e autora do livro que inspirou o espetáculo, Claudia Werneck, subiu ao palco para agradecer a presença de tantas pessoas, a dedicação dos(as) profissionais envolvidos(as) na produção do espetáculo, o entusiasmo da plateia e lançar a campanha “Teatro acessível: arte, prazer e direitos”, que marca o início das comemorações pelos 10 anos da Escola de Gente. Além do apoio do Ministério da Cultura, da MRS Logística, da White Martins e do Ministério Público, a campanha obteve o apoio imediato do Oi Futuro, representado por Roberto Guimarães, curados de Artes Cênicas do Instituto e da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, representada por Egeu Laus, Assessor na Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Em seguida, Henilton Menezes, Secretário da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e Eugenia Augusta Gonzaga, procuradora da República no estado de São Paulo se manifestaram sobre a importância da Campanha idealizada pela Escola de Gente.
Os Inclusos e os Sisos são homenageados – Para participar do lançamento da Campanha, Claudia inicialmente chamou ao palco os(as) fundadores(as) do grupo Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização pela Diversidade. Claudia Werneck explicou que foi graças à mobilização dos(as) cinco jovens que a Escola de Gente desenvolveu este projeto, hoje reconhecido por todas as regiões do Brasil e premiado por atuar sempre com acessibilidade. Os(As) fundadores(as) de Os Inclusos e os Sisos desempenham diversas funções no novo espetáculo e são responsáveis pela formação das novas gerações do grupo. O projeto Os Inclusos e os Sisos foi criado em 2003 por iniciativa da atriz e atual VJ da MTV Tatá Werneck (que também assina a trilha sonora); Marcos Nauer (que é autor e diretor de Um Amigo Diferente?); Bruno Perlatto (que assina os figurinos); Natália Simonete (que coordena o projeto) e Diego Molina (que coordenou as oficinas de formação de jovens realizadas pelo grupo para a seleção do elenco da peça). Apenas Diego Molina não pode comparecer. Para representar a segunda geração de Os Inclusos e os Sisos, Claudia Werneck chamou ao palco Victor Albuquerque, que faz o papel de Dante na peça. E, em seguida, todo o elenco.
Governo e Ministério Público – Para Henilton Menezes, secretário da SEFIC/MinC, o Um amigo diferente? é um espetáculo de vanguarda. Segundo Henilton, que veio de Brasília especialmente para a estreia da peça, assistir a um espetáculo acessível é bem diferente de ler o projeto no papel. Para ele, é de grande importância para as políticas culturais brasileiras que a acessibilidade seja colocada em prática. Henilton Menezes colocou o MinC e, especialmente, a sua Secretaria, à disposição para apoiar a Campanha proposta pela Escola de Gente. Antes de Henilton, Eugênia Augusta Gonzaga, do Ministério Público Federal no estado de São Paulo, ratificou que garantir acessibilidade é lei no Brasil ressaltando a urgência dos Decretos Federais e Legislativo referentes ao tema serem conhecidos e respeitados.
Falas e emoções da plateia – Os discursos das autoridades após a peça proporcionaram a manifestação espontânea do público em prol de uma cultura acessível. Agentes culturais, professores(as) e familiares de pessoas com deficiência se pronunciaram parabenizando o espetáculo. Algumas pessoas destacaram o ineditismo do momento, por nunca terem tido a oportunidade de vivenciar um espetáculo teatral com acessibilidade. Várias foram os depoimentos que expressaram, mais que desejo, a necessidade de que a inclusão na cultura seja realidade.
Escolas públicas têm sessões especiais – Durante a temporada do espetáculo, 11 escolas públicas, projetos sociais e organizações da sociedade civil terão a oportunidade de assistir à peça em sessões exclusivas, realizadas nos dias 16, 17, 24 de junho e 01 de julho. A Escola de Gente está disponibilizando transporte gratuito para essas instituições, como forma de democratizar ainda mais o acesso à cultura.
Medidas de acessibilidade – O espetáculo tem audiodescrição das cenas feitas ao vivo e transmitidas por fones; visitas guiadas ao cenário e programas impressos em braile, letra ampliada e meio digital para pessoas cegas; intérpretes da Língua de sinais brasileira, a Libras; subtitulação eletrônica para pessoas surdas; e espaço reservado para cadeirantes e/ou pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, o Oi Futuro do Flamengo possui acessibilidade física para pessoas com deficiência.
Distribuição do Um Amigo Diferente? – Durante as sessões para escolas, projetos sociais e organizações, serão disponibilizados para todas as pessoas da plateia exemplares em tinta e meio falado do livro Um Amigo Diferente?. A obra, de Claudia Werneck, foi lançada em 1996 pela WVA Editora e hoje está em sua 10º edição. O livro foi traduzido para o espanhol e o inglês, é recomendado por Unicef e Unesco como leitura indispensável para crianças e adolescentes e tem sido adquirido pelo governo federal para compor bibliotecas escolares públicas em todo o Brasil. Durante a temporada da peça, haverá sorteio de 10 livros por sessão, nos formatos impresso em tinta e meio falado. No final do espetáculo de estreia, Claudia Werneck autografou alguns exemplares a pedido das crianças, que liam atentamente o livro.
Oficinas de Teatro e Inclusão – Como parte do processo de criação do espetáculo foram realizadas entre os meses de novembro de 2010 a março de 2011, 17 Oficinas de Teatro e Inclusão, ministradas pelo grupo Os Inclusos e os Sisos. Setenta e cinco jovens artistas se inscreveram pela internet; 40 foram selecionados(as) para as Oficinas, em 2010. Já na fase de preparação do espetáculo, em 2011, uma segunda rodada de Oficinas de Teatro e Inclusão foi oferecida apenas para 14 jovens; 10 compõem a equipe do espetáculo.
Temporada termina em 31 de julho – Teatro Oi Futuro do Flamengo (Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, Rio de Janeiro) aos sábados e domingos, às 11h30min, até o dia 31 de julho. O teatro possui acesso para pessoas com deficiência. A entrada é gratuita e as senhas são distribuídas 30 minutos antes do início da peça. O teatro não possui estacionamento próprio.
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