Crimes de ódio homofóbico em ascensão no mundo

Bandeira símbolo do movimento GLBT contra a homofobia. A cor vermelha imita um sangramento.

Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos faz alerta por ocasião do Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia.

Por Yara Costa
no Correio do Brasil

Os crimes de ódio contra lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros estão subindo em todo o mundo. A declaração foi feita pela Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, nesta terça-feira, em que se celebra o Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia.

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Segundo ela, as estatísticas indicam que os crimes de ódio homofóbico “aumentaram em muitas partes do mundo, de Nova York para o Brasil e Honduras para África do Sul.”

Pillay fez um apelo aos governos para que trabalhem mais para eliminar a discriminação e o preconceito baseado em orientação sexual ou identidade de gênero.

Preconceito

Numa mensagem de vídeo por ocasião da data, Pillay disse que a homofobia e a transfobia não são diferentes do sexismo, racismo ou xenofobia.

Ela disse “que enquanto essas últimas formas de preconceito são universalmente condenadas pelos governos, a homofobia e a transfobia são muitas vezes esquecidas”.

Homossexualidade

Em mais de 70 países, a homossexualidade ainda é uma ofensa criminal. No entanto, a Alta Comissária disse que a homossexualidade tem estado presente em todas as sociedades ao longo da história humana.

Ela acrescentou que as normas internacionais de direitos humanos já incorporaram o princípio de que ninguém deveria sofrer discriminação em função da sua sexualidade ou identidade de gênero.

Unaids

Em outra mensagem, o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV /Aids, Unaids, disse que o estigma e a discriminação enfrentados por muitas lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros estava prejudicando uma resposta eficaz para a doença.

“A resposta à Aids tem mostrado que quando as pessoas são estigmatizadas devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero, elas são menos propensas a ter acesso aos serviços de HIV que precisam”, disse Michel Sidibé.

Sidibé pediu aos governos que criem ambientes sociais e legais que assegurem o respeito pelos direitos humanos e acesso universal à prevenção, tratamento e apoio.

Fonte: Correio do Brasil

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