Rio+20 pretende ser a Conferência da ONU mais acessível e inclusiva

Logotipo Rio + 20 - Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
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Hoje foi a formatura dos vontunrários para a Rio+20, entre eles, 48 pessoas com deficiência. Estive lá para conferir a alegria dos jovens e medir a temperatura dos preparativos em quase véspera da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. A Rio+20 vai passar para a história da ONU como a primeira conferência mundial com acessibilidade na comunicação, informação e arquitetônica e urbanística: Libras, legenda em tempo real, audiodescrição e outros recursos para a participação de todas as pessoas em bases iguais de oportunidades. Tenho a sorte de estar no Rio e na Rio+20 como integrante do Comitê Nacional Organizador. Anote na sua agenda, de 13 a 22/6, sendo que nos dia 13, 16 e 17/6 haverá seminários sobre temas relacionados aos direitos das pessoas com deficiência. Esperamos vocês na Arena da Barra e no Parque dos Atletas.

Izabel Maior – Consultora em Acessibilidade, Médica Fisiatra UFRJ, Ex-secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Rio+20 terá participação de 1,2 mil voluntários

RIO DE JANEIRO – A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) terá participação de 1,2 mil jovens brasileiros, entre universitários, moradores de comunidades vulneráveis e pessoas com deficiência, vão trabalhar como voluntários durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

De acordo com o secretário nacional de organização da conferência, ministro Laudemar Aguiar, os voluntários participaram de um treinamento, incluindo oficinas de sustentabilidade, direitos humanos, cidadania e voluntariado. Ao todo, 15 mil jovens participaram da seleção, sendo aproximadamente 10 mil universitários.

O diplomata explicou que a idéia do governo é criar um cadastro para que os voluntários possam participar de eventos futuros.

“Desde 1992, nas conferências que são realizadas no Brasil, temos tido a participação de voluntários. Mas quando terminavam os eventos, poucos deles eram aproveitados. A nossa ideia é que desta vez, com esse treinamento, os que trabalharem bem na Rio+20 possam ser reutilizados. Vamos fazer um cadastro positivo para que participem, com a experiência que têm, de próximos eventos, como a Copa do Mundo [em 2014] e as Olimpíadas [em 2016]”.

Ele informou que, durante a Rio+20, os voluntários vão trabalhar em diversas atividades de apoio, tanto no Riocentro, onde ocorrerá a cúpula dos chefes de Estado e de governo, como em outros locais que receberão eventos da conferência. Entre os critérios observados na escolha dos jovens estavam a experiência em ações de voluntariado e o domínio de idiomas.

O embaixador lamentou, no entanto, a baixa participação de pessoas com deficiência entre os voluntários. Segundo ele, apenas 71 jovens nessa condição se inscreveram na seleção, o que representa menos de 1% do total; e entre os 1.191 selecionados, 50 têm algum tipo de deficiência, correspondendo a 4% do total.

“O número é muito baixo já que no Brasil 23,9% da população têm alguma deficiência. Muitas dessas pessoas nem se inscrevem em processos seletivos em razão dos mais variados obstáculos de acessibilidade que costumam enfrentam. Por isso, temos um desafio de inclusão social e acessibilidade não só na Rio+20, mas em todo o Brasil”.

Também presente à solenidade, o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, Jorge Chedieck, enfatizou que a mobilização da sociedade civil por meio do voluntariado é fundamental para a implementação do desenvolvimento sustentável.

“A forma de se envolver traduzida pelo voluntariado é peça central para o fortalecimento de uma cultura de desenvolvimento sustentável, de como construir um mundo melhor. E esse programa deixa para o Brasil um legado. O treinamento que essas pessoas receberam vai gerar mais trabalhos comunitários e serão criados precedentes de atuação para os eventos dos próximos anos”.

A estudante carioca Fernanda Tubenchlak, que tem 21 anos, contou que decidiu se inscrever no programa para aprender mais sobre sustentabilidade. “É um tema importante, eu faço biologia e isso está bem dentro do que eu estudo. Durante a conferência, vou fazer entrevistas com o público sobre o assunto e acho que vou aprender muito”.

Já a brasiliense Fernanda Silva, de 21 anos, que estuda relações internacionais, quer aproveitar a oportunidade para acompanhar discussões importantes envolvendo os principais líderes mundiais.

“Já trabalhei como voluntária em outros eventos, mas acho que esse vai ser muito importante, porque vários líderes mundiais estão vindo para cá e é bacana entrar em contato com tudo isso. Na universidade, a gente só estuda e agora pode ver na prática muitas dessas coisas e conhecer melhor as expectativas do mundo para o meio ambiente”.

Veja fotos da formatura:

http://www.flickr.com/photos/rio20brasil/7354774788/in/set-72157630026141335/

Apresentação do Comitê Organizador sobre a Conferência:

ApresentacaoColetiva30maio

Fonte: Agência Brasil

One Comment

  1. Também estive na formatura dos voluntários da RIO+20 e foi muito emocinante. Ao lado da Dra. Izabel também sou conultora da Coordenadoria de Acessibilidade e Inclusão Social. Temos empenhado todos os esforços para que esta seja a primeira Conferência da ONU mais acessível. Também sinto o maior orgulho de fazer parte desta equipe e de estar na Cidade do Rio de Janeiro. Nosso desafio a partir deste grande evento se torna ainda maior para tornarmos a Cidade Maravilhosa mais acessível, mais universal e mais inclusiva.
    Regina Cohen- Arquiteta Dra.
    Núcleo Pró-Acesso – UFRJ

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