Educadores discutem sobre políticas de inclusão nas escolas e recebem prêmios

Na imagem, a logotipo do concurso: Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas – a Escola Aprendendo com as Diferenças”.

Com entrega de prêmios para escolas, secretarias de educação e estudantes de educação básica e ensino médio, teve início na segunda-feira, o 7º Seminário do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. A promoção é da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, e o evento prosseguirá até quarta-feira, em Brasília. O encontro reúne os coordenadores dos 166 municípios-polo do programa, dirigentes das secretarias de educação estaduais, municipais e do Distrito Federal e escolas.

O programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, criado em 2003, atua na formação de gestores e educadores para construção de sistemas educacionais inclusivos. O seminário oferece aos participantes a oportunidade de debater e compartilhar experiências sobre o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à valorização da diversidade, promoção dos direitos humanos, sustentabilidade socioambiental e inclusão.

De acordo com a secretária da Secadi, Cláudia Dutra, a abrangência do programa está sendo ampliada, deixando de tratar apenas da inclusão do estudante com deficiência. “No décimo ano do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, vamos expandir o programa para a educação escolar indígena, educação quilombola, educação de jovens e adultos, educação do campo, educação ambiental, educação em direitos humanos, educação para as relações étnico-raciais e educação especial, na perspectiva da educação inclusiva”, disse.

Prêmios

No seminário foi realizada a cerimônia de entrega do 2º Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas: A Escola Aprendendo com a Diferença. O prêmio recebeu mais de 780 inscrições e selecionou três experiências nas categorias Escolas Públicas e Secretarias de Educação, além de seis vencedores na categoria Estudantes de Escolas Públicas — três para os anos finais da educação básica e três para o ensino médio.

A Escola de Ensino Fundamental em Tempo Integral professora Claudecy Bispo dos Santos, de Arapiraca (AL) foi a primeira colocada; em segundo lugar, foi premiada a Escola Municipal de Ensino Fundamental José Dantas Sobrinho de Maracanaú (CE), e em terceiro, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Taufik Germano, de Cachoeira do Sul (RS).

As secretarias de educação selecionadas foram a de Ipixuna (PA), Floriano (PI) e Poços de Caldas (MG). A Creche Criança Feliz, de Marília (SP), recebeu menção honrosa pela experiência inclusiva de educação infantil.

Os textos narrativos selecionados e seus respectivos autores foram: /Sou cega, e daí?/, de Suellen Oliveira dos Santos, da Escola Núcleo Municipal Getúlio Vargas, de Curitibanos (SC); /Aqui aprendemos com as diferenças/, de Merilena Alves de Lima Bueno, da Escola de Educação Básica Luiz Davet, de Major Vieira (SC); /Inclusão: Ensinando e aprendendo com as diferenças/, de Keyves Siqueira Silva, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Escritor Alceu Amoroso Lima, de Campina Grande (PB); /A escola aprendendo com as diferenças/, de Anicler Santana Balbino, do Colégio Estadual Eleodoro Ébano Pereira, de Cascavel (PR); /Minha escola me aceita/, de Francisco Yuri Carvalho Barboza, da Escola de Ensino Médio Ana Facó, de Beberibe (CE), e /Apenas um detalhe/, de Luiz Gustavo Sincaruk Vieira, da Escola Estadual João Adorno Vassão, de Juquiá (SP).

Inserido no programa desde 2005, o município piauiense de Floriano investiu na questão da acessibilidade das escolas e na formação de professores. O resultado foi um aumento nas matrículas de estudantes na educação especial, passando de quatro estudantes no início do programa para 260, de acordo com o censo escolar de 2011. O município conta com seis salas de recursos multifuncionais e dez professoras para atendimento especializado.

Para a coordenadora de educação inclusiva do município, Raimunda Ferreira Paiva Neta, a educação inclusiva não beneficia apenas o estudante. “O estudante é atendido dentro do seu jeito de ser e a escola acolhe esse aluno e procura se organizar para incluí-lo. Melhoramos a formação do professor, trabalhamos com os pais e com os outros alunos”, explicou.

Fonte: Correio do Brasil

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