Qual família não sonha com o melhor para seus filhos?
As famílias querem que seus filhos aprendam, trabalhem, tenham autonomia, sejam felizes e respeitados pela sociedade como cidadãos.
Esse desejo não muda para os filhos que têm deficiência.
Mas quais são os medos dessas famílias?
Elas temem que seus filhos sejam esquecidos num canto da sala nas escolas regulares e não aprendam, sejam maltratados e sofram discriminação.
É isso que leva muitos familiares resistirem a matricular seus filhos em escolas regulares, porque acham que estão fazendo o melhor para eles ao tentar protegê-los no ambiente que consideram ser seguro e acolhedor das escolas especiais. Também acreditam que na escola especial seus filhos vão aprender mais.
As escolas especiais existem no Brasil desde os anos 1920 e foram criadas porque as pessoas com deficiência não tinham onde estudar. Cumpriram um papel fundamental e ainda têm muito a contribuir.
Ver Histórico da Educação Inclusiva
Mas será que esta continua a ser a melhor alternativa?
Para avaliar a qualidade do ensino nas escolas especiais, precisaríamos de respostas a algumas perguntas.
– quantas pessoas das escolas especiais completaram a educação fundamental?
– quantas ingressaram no ensino médio? no ensino profissional e tecnológico?
– quantas foram para o ensino superior a partir da escola especial?
– quantas estão no mercado de trabalho?
– por que os empresários afirmam que não existem pessoas com deficiência com escolaridade suficiente e as escolas especiais não contestam?
– qual a formação dos professores das escolas especiais? recebem capacitação?
– as escolas especiais são fiscalizadas? por quem? como? quando?
E quanto à qualidade de vida, o que fazem e com quem se relacionam os frequentadores das escolas especiais? Qual seu nível de independência?
Gostaríamos de ampliar o debate a respeito da educação especial para avaliar até que ponto não é hora das instituições filantrópicas se abrirem para estas e outras questões na tentativa de caminhar para uma sociedade que inclua cada vez mais as pessoas com deficiência em todos os espaços, um direito constitucional.
Qual a sua opinião sobre o assunto? participe do debate postando suas considerações no espaço para comentários no link http://www.inclusive.org.br/?p=25466
Equipe Inclusive
As escolas especiais foram muito importante. Foram. Mas numa época em que a outra alternativa era “esconder” o filho em casa.
Hoje temos escolas regulares que trabalham seriamente com a questão da deficiência e apesar de serem raras, fazem toda a diferença no contexto da família, pois nesse contexto são uma ferramenta insubstituível para todos alcançarem seus sonhos.
O número de pessoas com deficiência nas faculdades ou no mercado de trabalho hoje é visivelmente crescente. Certamente não foi a escola especial que as impulsionou para essas conquistas.
Meu nome é Marcia, conhecida na comunidade em que mora como a mãe de José. Bem quero compartilhar com pais e responsáveis a minha opinião em relação a sobre a “Educação Inclusiva e Especial”. Bem movida pelo sistema matriculei com muito orgulho meu filho na educação infantil, por ele ter acompanhado a turma foi para o ensino fundamental o pre, então começou todo o principio das minhas dores, foi o pior NÃO da minha vida, enquanto a mídia dizia “tragam seus filhos pra escola” o meu estava sendo brutalmente EXCLUÍDO. A parti dai começa a minha historia, o que um NÃO é capaz de fazer com uma pessoa, bem comigo foi trágico mais tenho certeza hoje que não imaginavam que iria tao longe. Hoje sou uma mãe capacitada ao atendimento a pessoa com deficiência pelo IHA, ja trabalhei em atendimento em oficinas complementares na Unidade de Campo Grande-RJ(antiga Funlar), recém formada em Pedagogia pela FEUC-RJ e Suplente no Conselho Tutelar em Santa Cruz-RJ e empreendedora independente também. Por que coloquei as minha minhas qualificações é porque sou prova viva de uma EXCLUSÃO COVARDE mais graças a DEUS encontrei pessoas no meu caminho que me orientaram, sendo que não lutei pelo direito de José em uma classe regular, primeiro quis entender a Educação em nosso Pais, em nosso Estado, em nosso Município e em nosso pequeno Mundo, foi triste o que vi. Depois de tanta experiencia negativas e positivas posso dizer certamente, a Educação Especial é necessária porque ela respeita o tempo do aluno, mais ela não pode ser como vi no meu pequeno Mundo,o deficiente não participa da escola. Ja Educação Inclusiva é tudo, em 7 anos que meu filho ficou em classe especial nunca vi nada, por mais que a professora se dedicasse, o que eu queria mesmo é ver José com outro garotos e garotas, e por 7 anos ele ficou la, claro que ora eu permiti com duvidas e por falta de interesse. Ate que em 2012 tomei a decisão depois de combinar com a 10 CRE a exclusão em classe regular, fiquei sabendo pela diretora que não era real, então fui ao Conselho Tutelar e fiz a denuncia, no dia seguinte meu filho estava em classe regular, me lembro que José chegou todo feliz com material isso outrora nunca aconteceu.
O que percebo hoje como mãe de um deficiente é que todas as crianças e adolescente são especias, nas observações como estagiária percebi que as crianças dita “normais” estão mais necessitadas. Apreendi com uma especialista o “professor deve passar o conteúdo” independente de pessoa cada um tem sua particularidade, meu filho hoje tem 15 anos amadureceu muito é um adolescente com seus sonhos e desejos mais isso cabe a família busca em outras áreas o apoio para o bom desempenho de suas crianças e adolescente. Hoje meu filho Sindrome de Down tem uma coisa importantíssima que autonomia, a minha busca pelo entender a educação entendi que ela se da em qualquer espaço, quando nos preocupamos com o LER E ESCREVE deixamos de olhar o potencial, as habilidade da pessoa com deficiência.
Bem não sei se consegui expor minha opinião é por que este assunto eu vivi e vivo só com menos tristeza.
E como faremos com alunos que demandam atendimento multidisciplinar, se nas escolas comuns não há profissionais de saúde (fisio, fono, TO, A. Social) para a orientação integral ao professor? Como será organizado o currículo escolar? E as avaliações e aprovações ou retenções? Como serão ofertadas atividades específicas, estimulantes e que levem o aluno a apropriação do conhecimento, se as escolas (pelo menos as de nosso Município) não dispõem de recursos e materiais suficientes aos alunos que já estão lá matriculados? E, finalmente, a mão que redige um documento é parte integrante do mesmo organismo que viu, viveu e presenciou a realidade do cotidiano escolar e das intempéries da vida de uma família com um indivíduo com necessidades especiais?
Mesmo em tempos que não havia a inclusão, a exclusão dependia muito da família. Minha filha hoje totalmente incluída há 8 anos no mercado de trabalho não teve oportunidade da escola regular, dos 3 aos 6 anos esteve na escola regular e dos 6 aos 21 na Apae SP, e dos 21 aos 30 na ADID. Nunca esteve excluída paralelamente as escolas especiais, fez curso de informática na Anhembi/Morumbi, natação em escolas normais, pintura também em escolas normais o que acontece até hoje. A família e amigos sempre estiveram presente. Não podemos por a culpa so nas escolas especiais, compete também a família proporcionar outros contatos com o todos. Na APAE SP sempre seus profs tinham curso de especialização. E foi pelo aprendizado em preparação e qualificação para o trabalho que teve na APAE que hoje esta incluída no trabalho sendo auxiliar adm de uma grande financeira, elaborando planilha no excel. Tem uma vida social intensa junto a amigos com deficiência e sem a deficiência.
Olhem só o meu caso, escrevi rápido no dia, acho que entra no contexto do debate:
Bom dia!
Querido grupo, preciso muito da opinião de vocês e se possível ajuda, é
referente ao estudo de caso de minha filha Tifani Vitória. Segue meu relato para
entenderem:
No incio do ano a Tifani ingressou na 1ª Serie do encino fundamental no C.E.F
203 Santa Maria. A Professora era temporária, porém muito boa. A Escola estava
passando por reformas e as aulas iniciaram somente no inicio de Março.
Não possuía sala de recurso, e para piorar a situação no inicio de Abril veio a
professora, que sempre que logo de inicio me informou que não tinha nenhuma
experiência com crianças com síndrome de Domw.
Diante disso entrei em contato com a regional de ensino da Santa Maria mo dia
07/05, e enviei o e-mail abaixo:
Prezada Sra. …,
Venho através deste formalizar, minhas reclamações referente ao atendimento de
minha filha Tifani Vitoria Lucena Soares Caldeira, portadora da Síndrome de
Down, matriculada no CEF 203 da Santa Maria, conforme abaixo descrito:
1ª A professora nunca atendeu nenhuma criança com a Síndrome e trabalha com ela
apenas no sentido de socializa-la; ( ELA TEM QUE SER ALFABETIZADA)
2º – A Escola não possui sala de recurso; ( PEÇA CHAVE PARA A ALFABETIZAÇÃO
DELA, SE NÃO DISPOE DE PROFICINAL DEVE SER FEITO ENTÃO EM OUTRA ESCOLA ATE
DISPOR)
3º – A Escola não possui quadra de esportes; ( NÃO É SAUDAVEL A CRIANÇA FICAR A
TARDE TODA NA SALA, SEI QUE TEM ATE UM COLCHÃO ONDE A PROPRIA PROFESSORA ME
INFORMOU QUE MINHA FILHA DORME SEMPRE, SOCORRO MINHA FILHA ESTA INDO PARA A
ESCOLA DORMI????)
Diante de todas as reclamações enumeradas acima solicito providencias cabíveis
desta regional em caráter de urgência, pois o tempo para a Tifani e para outros
que necessitam não volta atrás.
Atenciosamente
Kelly Caldeira Soares Lucena
Mãe da aluna
No dia 12/06 eles agendaram uma reunião.
Prometeram a sala de recursos e me cobraram que ela estivesse na fono, que ela
estava no momento sem.
Resumindo as aulas de recurso ainda não iniciaram, nem para minha filha nem para
nenhum outro aluno da escola.
Na ultima quinta-feira, fui chamada para o estudo de caso, compareci sem saber
do que se tratava, entrei começamos uma troca de informações, onde solicitei a
professora e a psicopedagoga os seguintes itens abaixo:
1º. Uma ou duas aulas semanais ou a introdução de uma aula mais voltada para o
aprendizado da Tifani, que é diferenciado;
2º. Que começa – se a funcionar a sala de recursos;
3º. Pedi para que pudéssemos fazer um trabalho em conjunto Escola, casa e fono;
Mas fui mal interpretada e entendi que o fundamento de tudo era para me disser
que ela ia para a segunda serie sem saber de nada. Ainda ouvi da representante
da SOI, que ” eu não estava ali para ensinar ninguém”. Abalada deixei a escola e
fui direto para regional.
La foi muito pior, a diretora e suas assessoras me disseram que a Tifani e vista
como qualquer outra criança para a Secretaria de Educação. Gente isso só
funciona para socializar e não para ensinar, pelo menos é assim que entendo. E
me pediu para entender que muitas crianças mesmo sem ter alguma deficiência não
aprendem nada.
Diante disso pedi uma transferência para outra escola, eles disseram que isso
não cabe a mim querer.
Venho a todos vocês, pedir uma ajuda pois sei que só aqui vou conseguir ser
compreendida.
Como vou aceitar minha filha ser empurrada, sendo que a escola não deu nenhuma
ferramenta de aprendizagem a ela.
Agendaram para próxima segunda um novo estudo, para decidirem a vida dela, sera
que alguém aqui pode ir comigo, ou me me ajudar.
Por favor me ajudem.
Inclusão! Muito se fala! Discute! Assunto que causa inquietação! São Leis, porcentagens, números, etc. Busca desenfreada atrás de informação. Professores, escolas, pais! Todos a procura de formação, adequação para nova realidade que está aí! Já! Todos com objetivo de avançar para uma vida melhor para nossos filhos! Também me inquieto com todo esse clamor! Discussões calorosas recheadas de um futuro ameno! Toda discussão e busca com um único objetivo! Encontrar um norte na prática do dia-dia escolar de nossos filhos. Com toda essa movimentação, ainda sim continuo sem condições de dar a minha opinião! A respeito da Educação Inclusiva ou Especial!. Em quanto não amadureço, gostaria de relatar minha experiência adquirida através de vivência do dia-dia com meu filho! Mário (Sindrome de Down) Graças a Deus, teve a oportunidade de passar por escola regular, porém na época não havia inclusão! Mário se apresentava apático, sem interesse, tímido, sem amigos. A pedido dele, mudei-o de escola, foi para escola especial. A partir daí Mário se transformou! Passou a demonstrar interesse nas coisas no dia-dia, progresso no aprendizado! Alegria de viver! Amigos!. Acredito ser esse o motivo que me deixa sem opinião! Ao mesmo tempo me bate grande insegurança quando penso na possibilidade do governo aproveitar o calor do movimento! E dar as costas! Que venha lavar as mãos para o ensino especial público, tirando a possibilidade de famílias que não podem pagar, de levar seus filhos para escola. A mesma escola que ajudou grandemente meu filho Mário favorecendo a ele possibilidade de se reconhecer, entender como pessoa e também como cidadão! Gostaria que os mesmos direitos colocados a nós continuassem para as futuras mamães com seus bebês e também famílias com seus adolescentes! Que assim como eu e Mário, elas também possam escolher em que escola ou tipo de ensino buscar. Abraço fraterno a todos.
Isvanil mãe de Mário(SD)
Vamos clarear um pouco as coisas. Qualquer criança que tenha laudo em mãos, seja de deficiência Intelectual, autismo ou alguma síndrome e esteja numa escola regular tem direito ao professor de apoio. Trabalhei 20 anos na APAE de minha cidade e agora sou professora de apoio meio período e no outro trabalho como Psicopedagoga.
De acordo com o artigo 5º da Lei de Diretrizes e Bases da educação toda criança incluída terá apoio especializado se comprovada a necessidade (ou seja além do laudo em mãos os pais tem que pedir ao neurologista, ou neuropediatra que atenda seu filho que escreva isso no laudo. caso a escola regular se recuse a ofertar o professor de apoio vá até a superintendência de ensino de sua cidade e denuncie. caso se não se resolva procure um advogado que entrará com recurso na promotoria Pública e com certeza seu filho ou sua filha ganhará o professor de apoio. Caso alguém necessite deixe recado e e-mail que envio as Leis.
As escolas especiais na minha opinião tem que ficar apenas com os casos graves. Tenho tudo registrado através de uma 20 filmagens de casos de inclusão que estão indo de forma exemplar com a inclusão. Minas saiu na Frente com relação a inclusão.
Prezados,
Meu nome é Romerito, tive toda a segunda fase de minha escolarização dentro de uma escola especial e isso não foi nem um empecilho para minha vida. Do contrário, acho que sou quem sou formado em ciências sociais, funcionário público federal, com uma vida totalmente autônoma, morando somente eu e minha esposa, que também é cega, sustentamos nossa casa, gerenciamos nossas finanças, ou seja, não temos como predestinação, por termos estudado em escola especial, o fracasso. Conheço inúmeros colegas que também passaram pela escola especial e, hoje, estão bem, com uma vida social bastante “saudável”. A escola especial servil para que eu tivesse parâmetro de vida: ou seja, meus professores, o diretor da escola e meus colegas, serviram para que eu pudesse entender o quanto eu tinha de capacidade e o quanto poderia ser. Serviram para trabalhar minha autoestima e fazer com que eu acreditasse em mim mesmo e desse passos decisivos em minha vida. Se estivesse no interior, tutelado por meus pais, provavelmente estaria indigente e sem perspectivas de vida e de atividade.
No entanto, custou muito caro o afastamento de meus laços familiares e de amigos. Claro que não perdi totalmente estes laços, hoje meus pais estão mais velhos e faço o possível para cuidar deles. Tenho um ótimo relacionamento com meus irmãos. Sou considerado exemplo para eles em termos de estudo e perseverança. Fui o único de cinco irmãos a terminar o ensino superior e isso é motivo de orgulho para toda a minha família. Não quero que pensem que isso para mim é algo normal. Sei que as visões extremadas da pessoa com deficiência não contribuem com o processo de reconhecimento, no entanto digo isso somente para verem o quanto a minha vinda para Belo Horizonte trouxe um outro significado para mim e para meus familiares.
Por isso defendo que todas as perguntas feitas pela enquete são pertinentes sim para avaliar as escolas especiais, mas, igualmente, deveriam ser utilizadas para avaliar os frutos da escola inclusiva. Sei de notícias que os alunos com deficiência, principalmente sensoriais, nem fazem as provas de avaliação das várias esferas federais, estaduais e municipais. Será que teríamos coragem de avaliar o IDEB estratificando por alunos com deficiência? Será que o IDEB seria tão bom assim como dizem, quando avaliarmos os alunos com deficiência? Temos de tomar cuidado com preconceitos, basear melhor nossos conceitos, tomar cuidado para não demonizarmos esse ou aquele regime de escolarização. Temos de fazer um mutirão nacional para que as pessoas com deficiência sejam realmente respeitadas, valorizadas e acreditadas.
Não devemos e nem podemos deixar de ver as contradições dos dois regimes (escola especial e escola inclusiva). Não podemos fechar os olhos para a situação de crianças e jovens que estão em sala somente porque é uma determinação. Temos de olhar para as crianças e jovens que estão sem convívio e, muitas vezes, sem suas famílias. Ou seja, temos de trazer as condições ideais em termos de ensino que muitas escolas especiais tinham para dentro das escolas inclusivas e trazer a excelência da convivência familiar e social da escola inclusiva para dentro da escola especial.
A meu ver, somente deste modo, sem demonizar ninguém, que teremos condições de avançar.
Desculpe pelo texto longo.
Abraços, Romerito Costa Nascimento, Belo horizonte.
Olá! Sou Elaine Cristina Alves de Carvalho Leal, Pedagoga Especializada em Educação Inclusiva, Atendimento Educacional Especializado, Dificuldades de Aprendizagem, Deficiência Intelectual, Deficiência Múltipla e Transtornos de Desenvolvimento. Atuo no magistério há vinte e sete anos. Sou apaixonada pelo meu trabalho e nessa minha caminhada, tive o imenso prazer de enveredar pela estrada da Educação Especial, porque em minha opinião a Educação tem que ser sempre Especial, pois Transforma.
O teor dessa Transformação, se benéfico ou maléfico, depende muito do que investimos no Ato de Educar. Esse ato não resume-se somente a atuação do Professor em aula, como os Órgãos Governamentais insistem em pontuar para a sociedade.
O Ato de Educar, exige consciência, compromisso e principalmente vontade política de realização. Estamos em um momento histórico e político crucial para a Educação, com a discussão e elaboração de um Plano de Metas que irá nortear novos caminhos para a Politica Nacional de Inclusão das Pessoas com Deficiência em nosso País, pelos próximos anos, está sendo decidido, como sempre por vias político partidárias. E mais, estão decidindo quais e como os investimentos irão parar nas salas de aula do Brasil, se chegarem…
Educação tem que ser Inclusiva, caso contrário não é Educação. Educação tem que Incluir em todos os sentidos: social, politico e cultural, com todos os desdobramentos que cada um desses fatores apresentam: Trabalho; Lazer; Saúde; Educação, enfim Bem Estar Social de fato.
Quanto as evidências do quanto uma Educação Inclusiva entre Alunos sem nenhuma patologia com Àqueles que apresentam quadros de limitações ou alterações cognitivas, físicas e sensoriais, a própria Ciência tratou de constatar com trabalhos maravilhosos como o do Psicólogo Lev Vygotsky na Rússia e aqui mesmo em nosso nobre País o Professor Paulo Freire, provou ainda na década de 60, que a Aprendizagem é Direito de Todos e que Todos podemos transformar nossa Realidade, quando podemos usufruir da Liberdade de Aprender.
Portanto, caros Amigos, não pode existir Política Pública de exceção, principalmente em Educação. Aprendemos porque somos seres sociais e necessitamos muito do Outro.E esse Outro nos engrandece cognitivamente com suas experiências e heranças culturais diferentes.
Somos animais racionais e evoluímos mediados por diferenças e não semelhanças,( assistir filme” A Guerra do Fogo”.)
Concluo com uma citação de Clarice Lispector, na qual Ela com toda sua genialidade de escritora, coloca que “não devemos tentar mudar ou arrumar nossos defeitos, pois não sabemos, qual deles nos sustenta”.
O caminho é justamente o contrário,o fio condutor da Educação Inclusiva é o caminho da potencialidade, do que temos de melhor. E isso Todos temos, independente de nossas Necessidades Especiais que são vastas, Todos temos caminhos a seguir, basta dispormos de estradas.
Acho que teria que ser uma escola especial mesmo ate as pedagogas falar que meu filho ja esta pronto pois ja aconteceu isso o Apae disse que meu filho estava abto a ir para uma escola normal passou 1 ano o que aconteceu volto para o Apae de Sorocaba e esta lá nao tiro ele pq sei das dificuldades que tem se fizerem isso de novo vou a promotoria púbica com certeza nao e justo ..fique o tempo que for mais quero que saia do Apae so alfabetizado tudo tem seu tempo e nao vejo nada aqui poucas reuniões tem nao da Pra saber nada um horror ……
Quando estava gravida de 6 meses mudamos para uma casa maior e duas semanas depois recebemos novos vizinhos na porta da frente. Minha vizinha também estava gravida e a data prevista para o parto dela e meu tinha a diferença de duas semanas, o filho dela nasceu duas semanas adiantado, o meu também, o filho dela nasceu com SD, o meu também, e para ambas foi uma surpresa. Passamos pelos mesmos medos e questionamentos juntas e nos identificamos em muitas coisas, entretanto se eu, mesmo antes de meu filho nascer , era defensora da inclusão, ela por sua vez acreditava que o melhor lugar para uma criança com deficiência era a escola especializada. Quando nossos filhos completaram 1 aninho voltamos a trabalhar e os colocamos em escolas, eu em uma inclusiva e ela em uma especial. A Adaptacao de seu filho foi ótima, ele era o que menos requeria cuidados, já que era uma escola mista e recebia criancas com diversas deficiências, todos os professores adoravam o garoto “ele é o que menos da trabalho, diziam eles”. Para meu filho a coisa foi diferente, apesar da equipe se dizer totalmente aberta a inclusão, meu filha era a única criança com deficiência da escola e de repente ele começou a mudar seu comportamento tranquilo e feliz e ficar irritado por qualquer coisa, começou a morder e puxar o cabelo de outras criancas, parou de comer. Meu sexto sentido me dizia que tudo isso não era uma fase, como as terapeutas me diziam, era a escola e comecei a busca-lo mais cedo e sem avisar e percebi que ele era totalmente discriminado la, mesmo tendo 1 aninho de idade. Essa situação me fez questionar muito, e agora? Sera que realmente a inclusão é o melhor caminho? O retiramos da escola e ficamos nesse dilema por 3 semanas quando meu marido recebeu uma oferta de trabalho em outra cidade e portanto, não tinha sentido buscar por uma nova escola e tivemos mais tempo de refletir. A pergunta que mais fazia era, que tipo de sonho tenho para meu filho? Que quero que ele seja? Total, hoje, dois anos depois ele esta em uma escola inclusiva. Não foi fácil, foram muitas visitas, muitos não temos vaga, muitas semanas de adaptação que nos mostravam que ali não havia inclusão, mas por fim encontramos uma boa escola e sinto que la ele é feliz, tem se desenvolvido de uma forma surpreendente, é convidado para festinhas de aniversario e tem amiguinhos que vem brincar com ele no play. Sei que o argumento de muitos pais que colocam em escola especial é o de que la ele não sofrera preconceito e isso é fato, mas o que me questionava era, ate quando eu posso evitar que meu filho não sofra preconceito da sociedade? Sim, pq na escola vc fica mais ou menos uns 18, 20 anos, mas e depois? Que sera do meu filho quando o tempo da escola terminar e ele não estiver inserido na sociedade, não tiver uma formação, uma profissão? Não tiver a convivência com pessoas que não tenham uma deficiência. Ele saberá lidar com a situação? Sera que coloca-lo em uma escola especial para evitar que ele sofra a discriminação não seria jogar o preconceito da sociedade para debaixo do tapete? Por quanto tempo? Meu filho com três anos esta começando a “brincar com letras e números” como qualquer criança da idade dele, o filho da minha vizinha passa suas manhas brincando com massinhas para trabalhar a coordenação motora. Na ultima visita que fizemos, diante de um papel, meu filho pegou um lápis e começou a rabiscar, desenhar, seu amiguinho apenas comeu o papel, pq provavelmente é isso que ele vê seus colegas fazerem na escola. Isso não significa que não quero que ele conviva com outras criancas com deficiência, estaria sendo hipócrita se assim o quisesse, ele precisa tbem estar com seus pares, e isso ele tem, nos grupos de pais, nas terapias em grupo, porem na escola, ele já tem consciência que vai para aprender e não apenas para brincar. Sei que apesar de ele estar em uma excelente escola hoje, isso pode mudar, afinal la so vai ate o 40 ano, e tambem sei que a batalha pela verdadeira inclusão é diária, mas acredito que vale a pena a luta. Hoje estou aqui, firme e forte para abrir seus caminhos, no futuro eu não sei.
onde saiu 40 ano, quis dizer quarto ano 🙂
Sou mãe da Maria Júlia, que tem 10 anos e nasceu com Síndrome de Down. Quando ela tinha três meses eu a matriculei na APAE . onde ela permaneceu até o ano de 2011. E ainda na APAE, em 2008 também foi matriculada na escola regular . Ou seja , meio período ela estudava na escola, e três vezes na semana no (contra turno ) ,continuava na APAE . E foi algo assim que estava dando certo . Só que com a obrigatoriedade da INCLUSÃO hoje ( novembro de 2013 ),ela continua no ensino regular e saiu da APAE para freqüentar o AEE ( atendimento educacional especializado ) . O AEE não deixa de ser bom , só que se eu tivesse escolha eu gostaria que ela convivesse com as duas realidades como era antes. Escola especial e Escola regular . Na minha opinião ,uma é complemento da outra. Minha filha gosta das duas escolas,se sente bem e se dá bem nas duas escolas. Mas também sei , que entre as duas ela prefere a escola regular . Isso não dá pra negar . Bom , não pensem que é fácil a “ inclusão’’ a luta é diária e todo dia é uma batalha. Mas pelo bem da minha filha e o AMOR que eu sinto por ela ,sigo em frente, sem perder a esperança jamais …
Sou a favor da INCLUSÃO . Mas também sou a favor do direito de escolha . E por fim , APAE é uma instituição que nunca pode ser extinta ,sempre haverá quem precise dela.
explicando melhor: Maria Júlia ficou na APAE até 2011 ,ingressando no AEE no mesmo ano …
Sou fisioterapeuta e trabalho com crianças com deficiências. Há alguns anos venho acompanhando essa polêmica toda que envolve a inclusão e o papel das escolas comuns e especiais. Vejo muita gente boa teorizar sobre inclusão e fincar o pé dizendo que a inclusão é para TODAS AS CRIANÇAS, sem exceção.
Sem dúvida, é uma filosofia linda, igualitária e justa. Uma criança com paralisia cerebral com quadriplegia espástica pode sim ser incluída numa escola comum desde que haja toda uma rede de apoio para auxiliá-la, bem como tecnologia assistiva, condições de acessibilidade e é claro, boa vontade dos professores e demais funcionários (monitores, porteiros, etc).
Porém, como fazer para incluir uma criança com transtorno do espectro autista com fortes estereotipias e cuja única ação é cuspir nas mãos e ficar esfregando uma mão na outra enquanto balança o corpo para frente e para trás, sem interagir com nada e nem com ninguém? Como fazer para incluir numa sala de aula comum uma criança que não consegue ficar sentada e que se mutila, mordendo os próprios dedos até sangrar? Vamos contê-la na cadeira com amarras, enquanto os colegas sem deficiência ficam observando admirados? Qual o sentido ou benefício da inclusão para uma criança assim? Estamos pensando no que é melhor para ela, ou apenas querendo forçá-la a somar-se a uma estatística esquisita que insiste que todas as crianças podem ser incluídas numa escola comum?
Penso que cada caso é um caso… Não podemos subestimar a inclusão, deixando assim com que muitas crianças que têm condições SIM de serem incluídas não o sejam (como por falta de acessibilidade, investimentos em educação e qualificação de educadores, por exemplo). Mas também, não podemos supervalorizar a inclusão, achando que TODOS podem ser incluídos, sem ressalvas. Se por um lado, é preciso que haja uma estrutura externa que auxilie na inclusão, por outro, não podemos fechar os olhos para a estrutura interna da criança que vamos incluir . Inclusão não pode ser ditadura. O equilíbrio e bom senso ainda são os melhores caminhos.
Penso eu que ambas são importante, pois a especial se faz necessária para o aluno com deficiência que precisa de uma atenção maior na elaboração de suas atividades pedagógicas e a inclusão será aquela com o papel de inclui-lo no meio social.
Penso eu que o certo não é tratar todos da mesma forma ou com igualdade, mas sim da a atenção necessária conforme a necessidade da pessoa.
Conseguimos achar com muita procura e dentro do que podíamos pagar,uma escola particularperto de casa, pois escolas particulares para crianças especiais beiram o valor de rs 2.000,00 por meio período. Ano de 2016, conseguimos finalmente vaga num EMEI com cuidadora, pois mru neto não fala, não faz nada sozinho. Mas a cuidadora não ajudava nos trabalhos didáticos. Peguei várias vezes Vithor brincando no pátio, com a cuidadora ao invés de estar na sala. Impossível 1 professora cuidar de 30 crianças e ainda dos excepcionais! Acabou o ano e o nome de meu neto misturou- se entre os nomes dos restantes alunos “normais”. A vaga para o fundamental foi para um colégio do Estado. Fomos informadas que o Estado não tem cuidadores!!! Ao contrário do que dizem as leis! Ontem filha foi ver como andava a transferência para uma escola da prefeitura e abaixo está o que nos foi informado:
Meu filho como deficiente tem prioridade de vaga?
Não, de acordo com o sistema, as prioridades são para crianças de outros estados que estão vindo para cá e não estão na escola, mas, meu filho não está na escola, não deveria ter esse direito também? Pois bem Senhora, é o sistema….
Seu filho está matriculado então para o sistema ele garantiu a vaga…Mesmo não estando na escola.
Não tem vagas, as escolas estão lotadas, e mesmo indo recorrer, você vai esperar da mesma maneira.
Se o seu filho está matriculado em uma escola do Estado, eles recomendam você ir na Prefeitura pois lá ele tem mais preparo. Você chega na prefeitura, eles te encaminham pro Estado novamente porque diz eles que o Estado tem obrigação de ter preparo. E assim começa o jogo de Yo yo e cansaço.
E não o suficiente, mesmo a escola que seu filho caiu não tendo preparo, você precisa ir com ele pelo menos duas vezes por semana para que ele tenha frequência, se não for, ele perde a inscrição de transferência para outra escola, além do sistema jogar ele novamente em qualquer escola.
Sistema maravilhoso esse do governo do Estado de São Paulo.
Pior é que a Escola especial na qual Vithor está matriculado, fica insistindo em que Vithor seja obrigatoriamente matriculado em uma creche! Se Vithor já está em uma escola particular especial, para que fazer o menino frequentar uma escola do Estado, que não tem preparo algum??? Gostaria que alguém respondesse!!! Obrigada