Relacionamento conceitual: dimensões de acessibilidade, barreiras, práticas e exemplos

A tabela abaixo foi construída dar exemplos dos conceitos de acessibilidade e de barreiras que estão na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, porque eles guardam equivalência entre si, como faces da mesma moeda.

Quando não há acessibilidade arquitetônica, por exemplo, pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou outras condições podem enfrentar dificuldades em função das barreiras existentes.

imagem de tabela. texto no post

Acessibilidade Barreiras Práticas e exemplos
Arquitetônica

Ausência de barreiras físicas construídas no ambiente interno e no entorno de edificações, nos meios de transporte coletivo e vias públicas.

Dificuldade ou impossibilidade de entrar e/ou permanecer em um local, com segurança e dignidade. Providenciar rampas, banheiros adaptados, plataformas elevatórias, piso tátil, entre outros.
Comunicacional

Ausência de barreiras na comunicação face a face, escrita e virtual.

Dificuldade ou impossibilidade de se comunicar com outras pessoas, no mundo físico ou digital. Providenciar intérprete de Libras, textos em formato acessível, ambientes virtuais com acessibilidade digital,
Atitudinal

Ausência de barreiras culturais (preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações), como resultado de programas e práticas de sensibilização, conscientização e convivência.

Comportamentos de segregação, preconceito e discriminação. Destinar recursos (da empresa ou da instituição) para implementar ações e projetos que promovam a acessibilidade, em qualquer uma das dimensões.
Programática

Ausência de barreiras constantes em Normas de serviço, avisos, notícias, políticas da organização, manuais operacionais, regulamentos internos etc.

Dificuldade ou impossibilidade de compreender Normas de Serviço, avisos, Regulamento escolar. Implantar processos de sensibilização e aplicação de dispositivos legais e de políticas relacionadas à inclusão, utilizando recursos de acessibilidade.
Metodológica (ou pedagógica)

Ausência de barreiras nos métodos, teorias e técnicas de trabalho ou de aprendizagem.

Dificuldade ou impossibilidade de compreender conteúdos educacionais, conceitos teóricos e métodos de trabalho. Implantar processos de diversificação curricular, flexibilização do tempo e formas de conceber a aprendizagem e a avaliação.

Implantar novas metodologias de execução de serviços; uso de vários estilos de aprendizagem; novos conceitos de avaliação de conhecimentos e habilidades, novos conceitos de fluxograma, produtividade, etc.

Instrumental

Ausência de barreiras nos instrumentos, ferramentas e utensílios de trabalho, estudo e outros.

 

Dificuldade ou impossibilidade de ter acesso a Tecnologias Assistivas ou ferramentas e equipamentos adaptados para desempenhar tarefas na escola, no trabalho e/ou na vida diária. Tecnologias assistivas incorporadas em lápis, caneta, régua, teclado de computador, quadros de comunicação aumentativa, aparelhos de uso no trabalho, ferramentas, máquinas, equipamentos.

Envolve as outras dimensões da acessibilidade.

Sua presença reflete a qualidade do processo de inclusão.

Tabela desenvolvida por Marta Gil e Maria de Fátima e Silva; baseada no artigo “Sete Dimensões da Acessibilidade”, de Romeu Sassaki e na publicação “Referenciais de acessibilidade na educação superior e a avaliação in loco do sistema nacional de avaliação da educação superior (SINAES)”, MEC 2013, http://www.ampesc.org.br/_arquivos/download/1382550379.pdf

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