Foi aberto na terça, e vai até dia 5 de abril, em Natal, o 4º Congresso Nacional de Inclusão na Educação Superior e Educação Profissional Tecnológica.
O encontro, organizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) .
Na mesa redonda Diálogos Internacionais sobre acessibilidade e inclusão na Educação Superior a professora Anabel Moriña Díez, da Universidade de Sevilha, Espanha, apresentou a pesquisa “Pedagogia Inclusiva na Universidae: narrativas do professorado”. A partir da indicação feita pelos próprios estudantes daqueles que eram considerados os melhores professores, o estudo ouviu mais de 100 professores de diversas instituições. Descobriu que as melhores aulas incluiam:
- aprendizagem colaborativa
- aprendizagem baseada em projetos
- aprendizagem prática
- lições interativas
- análise de casos práticos
- classes invertidas
- uso de tecnologias emergentes.
Algumas das qualidades encontradas nos bons professores:
- Conhecer e escutar o estudante e suas necessidades
- Ter perfil de professor, ser facilitador, empático e afetivo
- Planejar um currículo universal e acessível, flexível e aberto
- Ver estudantes na sala de aula como oportunidade
- Informar-se e formar-se
Outro fator importante para a prática inclusiva é o componente emocional da aprendizagem, como a abordagem centrada no aluno, boa relação entre aluno e professor e feedback contínuo dos dois lados.
Os resultados do estudo foram publicados no livro “Enseñando con metodologías inclusivas en la universidad: De la teoría a la práctica” e no canal do Youtube https://www.youtube.com/@pedagogiainclusivaenlauniv1604
Na mesa Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) no contexto universitário, a Professora Eniceia Gonçalves Mendes, da UFSCar, também pontuou a importância de uma aula inclusiva, interativa e atraente para os alunos.
Ela deu como exemplo alguns recursos que usa em sala de aula:
Comece aos poucos:
Exemplo:
ENGAJAMENTO
Vídeo/debate
Plano de Aula antecipado
Aula para toda a turma (20 a 30 min)
Atividades avaliativas em grupos (flexíveis, escolhidos por sorteio, por exemplo) e opções de tarefas escritas, orais, presenciais ou em vídeo.
- Casos de ensino
- Questões de estudo
- Leitura em jogral
- Seminários (vídeos)
- Jigsaw
- Produção textual
- Game (era inclusiva)
- Atividades avaliativas individuais
- Leitura e fichamento de textos (várias opções de textos para leitura)
- Opções das tarefas em duplas para falantas
- Avaliação
- Checklist
- Monitoramento das notas parciais
- Avaliação por pares na aula
- Ambiente digital Google sala de aula.
Segundo a professora Eniceia:
- Ambientes e atividades educacionais devem ser projetados para serem acessíveis a todos
- Décadas de legislação abriram caminho para a igualdade de acesso para estudantes com deficiência, aumentando a %de estudantes que progridem no médico, tecnológico e educação superior
- Precisamos promover um ambiente de aprendizagem mais flexível para todos os estudantes
- O potencial das tecnologias melhora consideravelmente o acesso para todos os alunos, inclusive aqueles com deficiência
- Foco da política na melhoria da escola/universidade para todos (medidas universais que corresponam melhor à diversidade dos alunos pode possibilitar nas políticas de acessibilidade (mais universal, menos específica)
O Congresso reúne pesquisadores, professores da Educação Superior, Educação Profissional Tecnológica, rede básica de ensino, servidores técnicos, estudantes e demais profissionais, associações nacionais e internacionais preocupados com práticas inclusivas e includentes e com boas práticas autoformativas e anticapacitista.
O encontro acontece na Escola de Governo do RN, na cidade de Natal/RN, com apoio da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Universidade Estadual Paulista (UNESP)/Marília, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade de Brasília (UNB), Fundação Carlos Chagas, Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Idosos (AMPID) e Ministério Público do Trabalho (MPT).
Fonte: Equipe Inclusive News