Participação social na política nacional de cuidados

“Cuidado não é um serviço nem somente ‘cuidados básicos de vida diária’.
É um instrumental de participação pessoal, é uma mediação assistiva, de pessoas inclusive,
para a garantia de uma vida digna, com igualdade de oportunidade, de Cuidados e Cuidadoras.”

Grupo participantes, a maioria mulheres com e sem deficiência.

Na última semana, a Secretaria Nacional da Política de Cuidados e Família
do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
realizou Oficina de Construção de Proposta de Participação Social na Governança
do Plano Nacional de Cuidado, que reuniu representantes de representantes
de movimentos sociais prioritários.

Thais, Lisame e Rosana Lago.

Foto: Thais Becker, do Instituto Cáue, Lisane Marques Lima, do MDS e Rosana Lago, da Frente Nacional das Mulheres com Deficiência.

O objetivo da Oficina foi coletar informações e sugestões
para a elaboração da Política Nacional de Cuidados.

A Secretária Lais Abramo apresentou os principais eixos do Plano Nacional de Cuidados e seus desafios.
Foram expostas também experiências e boas práticas na área.

grupo de discussão

Foto: grupo reunido em mesa, incluindo Flavia Poppe, de brando, do Instituto JNG, representando a Rede Brasileira de Inclusão.

Em seguida, os participantes se reuniram em grupos para propor sugestões
para a participação social na implantação da política.

Como aponta Deusina Lopes da Cruz:

” CUIDADO é um conceito polissêmico.

Na SAÚDE significa cuidar da saúde mental inclusive e da doença
Na EDUCAÇÃO garantir a acessibilidade e as condições de inclusão nas escolas em todos os níveis – o Profissional de Apoio Escolar e outros recursos da Educação Especial e do AEE.
Na ASSISTÊNCIA SOCIALl significa garantir convivência e o fortalecimento de vínculos em situação de risco. Prestar serviços e benefícios que garantam a segurança alimentar, acolhimento, evitem o isolamento social, compartilham cuidados básicos de vida diária e cuidados instrumentai de participacao social com as mães cuidadoras.
Envolve ainda a CULTURA, LAZER, TRABALHO, renda, auxilios, isenções, redução de taxas, licença para cuidar de homens e mulheres cuidadoras.

As ações da política consideram o CUIDADO interralacional, envolve cuidados e cuidadoras, é um direito social, político, ético e econômico. Impõe profissionalização, capacitação, emprego, renda e proteção na velhice.

É esta a riqueza que agiganta a nova cultura do cuidado na área das Pcds, autistas e cuidadoras.

Rosana Lago da Frente Nacional de Mulheres com Deficiência e Deusina Lopes da Cruz, do MDS.

Foto: Rosana Lago da Frente Nacional de Mulheres com Deficiência e Deusina Lopes Cruz do MDS e da FNMD.

Pesquisa nacional sobre Trabalho Doméstico e de Cuidados, feita pelo governo brasileiro, em parceria do Instituto de Pesquisas Aplicada (IPEA) com o Ministério da Igualdade Racial, revelou que no Brasil, existem aproximadamente 47,5 milhões de pessoas envolvidas em cuidados, sendo que 78,0% são mulheres e 55% são mulheres negras.

A proposta de Política Nacional de Cuidados e o Plano Nacional de Cuidados, previstos para serem entregues em maio, estão sendo desenvolvidos em conjunto pelo MDs e Ministério das Mulheres e pretendem garantir o direito ao cuidado para todas as pessoas que necessitam, reconhecendo e enfrentando as desigualdades estruturais da sociedade brasileira, incluindo gênero, classe, raça, etnia, deficiência e idade.

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