DST e Aids e deficiência

ENCERRAMENTO DO VII CONGRESSO DE PREVENÇÃO É MARCADO PELA MANIFESTAÇÃO DE DIVERSOS MOVIMENTOS SOCIAIS; ATIVISTAS QUE LUTAM CONTRA O HIV CRITICAM POLÍTICOS QUE DEFENDEM A CRIMINALIZAÇÃO DA TRANSMISSÃO DO VÍRUS

Durante leitura de manifesto, ativistas do movimento de combate ao vírus da Aids ficam de mãos dadas diante do palco principal do evento

28/06/2008 – 20h40

O final do VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, encerrado na tarde deste sábado (28/06), foi marcado pela manifestação de diversos movimentos sociais, direta ou indiretamente ligados ao HIV. “Somos veementemente contra a criminalização da transmissão do HIV”, leu um ativista do movimento de Aids.

Um manifesto assinado por diversas organizações, como a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids no Brasil (RNP+) e o Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas (MNCP), lembrou e criticou políticos, sem citar nomes, que defendem que a transmissão do vírus da Aids vire crime hediondo, quando um dos parceiros está ciente da sua sorologia positiva, não avisa o outro e faz sexo sem qualquer tipo de proteção.

A carta também pedia a garantia dos direitos dos soropositivos. No momento da leitura do documento, os ativistas colocaram-se, de mãos dadas, diante do palco principal do VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, que aconteceu em Florianópolis, capital de Santa Catarina. O evento, que reuniu cerca de cinco mil pessoas (de acordo com a organização), teve início na noite da última quarta-feira (25/06).

Além do movimento de luta contra a Aids, também se manifestaram entidades de defesa dos direitos das pessoas com deficiência, que pediram, entre outras coisas, a promoção de ações para o fortalecimento político desses grupos e a capacitação de profissionais de saúde que atendam esse público.

Também se pronunciaram, por meio de cartas ou manifestos, a Rede GAPA (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids), que reúne 15 entidades em vários estados do país, e o Movimento Nacional Afroatitude, que reafirmou a defesa de políticas afirmativas para os negros. O Movimento Nacional de Redução de Danos também reafirmou os seus princípios.

Os movimentos dos atingidos por barragens, indígenas e quilombolas, entre outros, também se manifestaram no encerramento do VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids. A Rede Nacional de Prostitutas fez uma breve defesa do uso do termo “prostituta”.

Léo Nogueira*

*A Agência de Notícias da Aids cobre o evento com o apoio do Programa Nacional de DST/Aids


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