Os desafios da mediação escolar para promover a inclusão de alunos com deficiência

Sala lotada com pessoas sentadas em cadeiras e duas palestrantes também sentadas em cadeiras à frente.Uma palestra organizada pelo EMI, Encontros em Mediação e Inclusão, na última quinta feira, no Rio de Janeiro, discutiu o papel do mediador escolar, que atua na promoção da inclusão de alunos com deficiência nas escolas comuns.

Com a garantia constitucional de que alunos com deficiência devem frequentar o ensino regular, as escolas particulares muitas vezes entendem que as demandas desses alunos vão para além das possibilidades dela, e por isso levam aos pais a necessidade de um profissional que acompanhe a criança/adolescente na escola. A família, na maioria das vezes, fica responsável pela contratação e pagamento desse profissional, embora esta prática seja questionada.

Em Brasília, por exemplo, a partir da denúncia de mães e pais ao Ministério Público, foi sancionada uma lei que proíbe as escolas a cobrarem taxas extras para estudantes com deficiência. http://www.df.gov.br/noticias/item/5669-lei-pro%C3%ADbe-cobran%C3%A7a-de-taxa-extra-a-alunos-com-defici%C3%AAncia.html

Profissão ainda pouco conhecida, o mediador acompanha crianças com deficiência no cotidiano escolar. “O primeiro e mais fundamental objetivo do mediador é ajudar o aluno a criar suas próprias ferramentas para usufruir do espaço escolar de forma independente, tornando sua vida escolar mais potente e autônoma. Uma vez que esse objetivo seja atingido, acreditamos que o mediador deixa de se fazer necessário e o aluno pode continuar seu aprendizado junto com professores e amigos”, diz a psicopedagoga Sheina Tabak.

Sheina é uma das coordenadoras do EMI, uma associação de mediadores que surgiu em 2011, no Rio de janeiro, e que se reúne para refletir sobre os possíveis caminhos para se trabalhar a inclusão no cotidiano escolar, com uma prática que investe na construção de autonomia e nas potencialidades dos alunos em situação de inclusão. A maior parte das mediadoras do EMI é formada em psicologia ou pedagogia.

Geralmente cabe ao mediador, junto com o professor, a adaptação do material, de tarefas feitas em sala de aula e de e provas e estar sempre conversando com coordenadores e professores sobre os melhores caminhos para esse aluno, de forma a consolidar uma parceria mediador-escola, entre outras atribuições. Além disso, é também papel da mediação propor o encontro entre a família, escola, terapeutas, enfim, todos envolvidos no desenvolvimento, progressão acadêmica e bem-estar da criança.

“O mediador atua como uma ponte entre o aluno e suas relações – professores, colegas, coordenação e o próprio aprender, visando a autonomia. Buscamos encurtar essa ponte cada vez mais, devolvendo à escola e ao professor o papel garantir a escolarização de qualidade a esse aluno”, explica Nira Kaufman, psicóloga e também coordenadora do EMI.

Uma das estratégias usadas para que o suporte vá diminuindo aos poucos e se alcance a autonomia, é o atendimento apenas 4 vezes por semana. No quinto dia, a escola e todos os seus atores se tornam responsáveis pela promoção da inclusão do aluno com deficiência, inclusive o próprio estudante.

Nesse sentido, a mediação seria vista como uma preparação do ambiente escolar para que a escola se adeque e assuma de fato a responsabilidade para acolher a todas as crianças. A tendência é que as próprias escolas particulares contratem funcionários com esta função para servir a toda a escola. Algumas já estão investindo nisso.

Maiores informações – EMI – http://eminclusao.wordpress.com/

Por Equipe Inclusive

14 Comments

  1. Gostaria se possível receber material, reportagem sobre Inclusão, por estar fazendo Pós Graduação em Educação Inclusiva por e-mail.

  2. Sou de uma cidade pequena no interior do rio de janeiro.A escola particular onde minha filha estudou sempre esteve de braços abertos para o meu filho com SD.sempre que ia buscar minha filha na escola eles pegavam o Guilherme e o levavam para dentro das salinhas.Ano passado ele começou a estudar lá,todos tem um carinho muito grande por ele e tentam o ajudar,mais a escola não tem mediador,decidi eu mesma ir a escola todos os dias e ajudá-lo a compreender as atividades,pois ele tem algumas dificuldades.está o 3º PERIODO,ele copia as palavras super bem,mais tem muita dificuldade de ler ou formar palavras sozinho.todas as outras crianças ja estão lendo direitinho.comecei indo o tempo todo,depois com o progresso dele passei a ir só depois do intervalo para auxiliar nas atividades que ele não consegui acompanhar com os colegas.mas será que estou fazendo bem?quando vejo os progressos acho que sim,mais me pergunto:e se fosse alguém sem ligação familiar ? será que ele estaria melhor?

  3. Boa noite, sou mãe de uma garota com SD e moro no interior do Pará e gostaria de receber material para melhor me informar desse direito, pois tenho muitos problemas em relação a educação de minha filha.

    Obrigada

  4. Olá, gostaria de saber se vocês têm mediadora com disponibilidade para trabalhar no próximo ano letivo. Meu filho se chama João Henrique (SD) e ano que vem irá para pré – escola. Sua creche é no bairro de Laranjeiras.
    Obrigada.

  5. Sabrina,02 de novembro de 2013.
    Olá, gostaria de saber se a escola é obrigada a aceitar mediadores na sala de aula(1° periodo)? Na sala do meu filho já tem uma criança com mediadora, a escola é obrigada a aceitar a mediadora do meu filho também?

    Obrigada.

  6. Olá,gostaria se possível receber o material e reportagem sobre mediação e inclusão de alunos com deficiência, pois estou estudando sobre isso. Obrigada.

  7. Bom dia! Gostaria que me tirassem uma duvida: Existe diferença entre o Mediador escolar/inclusão e o professor do AEE? obrigada

  8. Gostaria de receber informações a respeito de cursos/palestras/seminarios sobre MEDIAÇÂO ESCOLAR

    Obrigada

    Sheila Tirre

  9. Bom dia! Gostaria de receber informações a respeito de cursos,seminários, Palestras sobre MEDIAÇÃO ESCOLAR.
    Obrigada.
    Elisabete Silva

  10. Bom dia
    Sou enfermeira graduada e pos graduada,mae de um rapaz de 19 anos deficiente fisico.
    Entendo a necessidade e ansiedade das familias quanto a mediaçao, vivi isso com meu filho em toda sua vida acadêmica.
    Me coloco a disposicao para colaborar junto as escolas e familias.
    Moro no RJ, Barra da tijuca
    975852849
    Luciane

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